I &D | 2 5 a n o s d e E s t a t í s t i c a s o f i c i a i s em P o r t u g a l P á g . | 2 5 de uma nova operação estatística dedicada exclusivamente a estas instituições, o modelo foi concebido de forma a permitir o apuramento dos dados e a sua posterior incorporação nos setores respetivos cumprindo as normas, conceitos, definições e classificações sobre atividades de I&D e garantido a qualidade dos indicadores estatísticos oficiais produzidos. Durante o ano de 2009, nos preparativos para a realização do IPCTN08, foi feita uma nova avaliação do estado da inquirição às instituições hospitalares públicas e sem fins lucrativos. Constituiu-se um novo grupo de trabalho composto por técnicos do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI), entidade responsável à data pela realização do IPCTN, e foram realizadas reuniões com os diretores clínicos das principais instituições hospitalares portuguesas, todas elas do setor público, e com representantes da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ACSS). As contribuições recebidas e a análise realizada pelo grupo de trabalho implicaram novas alterações ao instrumento de notação, tais como a clarificação de alguns conceitos sobre atividades de I&D no contexto das ciências médicas e da saúde e da prática clínica e uma maior visibilidade desses conceitos e das suas definições ao longo do questionário com o intuito de permitir respostas mais adequadas. Ainda assim, as maiores mudanças ocorreram ao nível operacional, nomeadamente no que concerne à metodologia de recolha de dados. Na ausência de um registo centralizado sobre atividades de I&D em cada instituição, o serviço hospitalar, e o respetivo diretor, foram sinalizados como as estruturas institucionais mais capazes de recensear as atividades de I&D desenvolvidas na instituição22. Para além da questão da memória institucional, o serviço hospitalar apresentava-se como o denominador comum à pluralidade de instituições com valências diferentes que caraterizavam este subsetor. Desta forma, optou-se por iniciar a recolha de dados por serviço hospitalar de forma sistemática23. Isto implicou que todas as instituições hospitalares passassem 22 Foram referidas quatro fontes de informação possíveis, todas de alguma forma relacionadas com o serviço hospitalar: Relatório de Serviço, documento que indicava as atividades desenvolvidas no serviço, incluindo as de I&D, mas cuja elaboração não era uma prática validada e sistemática em todos os serviços de todas as instituições; Comissão de Ética, entidade de consulta obrigatória que avaliava qualquer projeto, incluindo de I&D, desenvolvido, individualmente ou em equipa, na instituição; Anuário de Projetos/Investigação, documento que registava os projetos e atividades de I&D desenvolvidos numa instituição, mas cuja elaboração não era uma prática validada e consistente em todos as instituições; Gabinete de investigação, unidade encarregue de coordenar e registar as atividades de I&D desenvolvidas numa instituição, mas existente num número muito reduzido de instituições, de criação recente e com atividade embrionária. 23 Anteriormente, as instituições hospitalares tanto podiam ser inquiridas ao nível da instituição hospitalar como ao nível do serviço hospitalar. Na análise realizada pelo grupo de trabalho verificou-se que, no caso das instituições hospitalares inquiridas por serviço, nem todos os serviços se encontravam a responder ao IPCTN. No IPCTN 2008, foram introduzidas alterações ao instrumento de notação, clarificando-se alguns conceitos.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTg0MjEzNg==