NA PREVENÇÃO UMMARCO vamos proteger CADERNO 4 Atividades Comuns de Proteção Civil Autoria Publicação conteúdos multimédia fichas de leitura atividades
Ficha Técnica TÍTULO Um Marco na Prevenção | Caderno 4 - Atividades Comuns de Proteção Civil AUTORIA | COPYRIGTH © Serviço Municipal de Proteção Civil de Marco de Canaveses #EstudoEmCasa Apoia EDIÇÃO | GRAFISMO | CAPA #EstudoEmCasa Apoia IMAGENS pexels.com PUBLICAÇÃO Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência DATA Março 2024
Apresentação A coleção dos 4 Cadernos “UmMarco na Prevenção” é o resultado de uma parceria entre o Serviço Municipal de Proteção Civil do Marco de Canaveses (SMPCMC) e a Equipa do projeto #EstudoEmCasa Apoia (#EEC@), do Ministério da Educação, responsável pela produção e criação da Plataforma de Recursos Educativos Digitais estudoemcasaapoia.dge.mec.pt. Seguindo a estratégia de uma resposta inclusiva do #EEC@, a tipologia destas fichas de leitura, foi desdobrada noutros formatos nomeadamente, podcast e videocast que inclui interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Para além disso foram, também, acrescentadas atividades didáticas diversificadas que permitem aos utilizadores sistematizar as aprendizagens. Estes cadernos pretendem contribuir para a criação de uma cultura de prevenção, autoproteção e segurança, onde cada cidadão é o pilar e o primeiro agente de proteção civil. Sob o mote “vamos proteger”, a organização do conteúdo convida e evoca o leitor para essa participação ativa: “vamos ler” (fichas de leitura), “vamos ver e/ou ouvir” (acesso ao conteúdo digital podcast e videocast através de hiperligação) e “vamos perceber” (atividades didáticas). Pela sua pertinência, o conteúdo destes 4 Cadernos foi também transformado num livro impresso destinado a toda a comunidade escolar, bem como ao público em geral e pretende constituir-se como uma ferramenta útil, de consulta fácil, criada e desenvolvida para melhor compreendemos os princípios básicos que asseguram a sobrevivência individual e coletiva. O #EEC@ desenvolveu um conjunto de conteúdos digitais sobre o tema da Prevenção e Segurança, tendo como ponto de partida as fichas de leitura da autoria do Dr. Emanuel Queirós, Técnico Superior do SMPCMC. Estes 20 recursos didáticos foram organizados em modelo de aprendizagem microlearning e estão alinhados com o Referencial da Educação para o Risco, da área curricular de Cidadania e Desenvolvimento. Para além do Ministério da Educação este produto conta com o apoio institucional do Ministério da Administração Interna.
Índice Notas de Abertura 6 Domínios e Estrutura da Proteção Civil Origens da Proteção Civil Objetivos e Domínios da Proteção Civil A Proteção Civil em Portugal Elementos da Estrutura de Proteção Civil A Proteção Civil no Município O Cidadão e a Proteção Civil Na Segurança de Cada Um a Proteção de Todos A Prevenção na Atitude do Cidadão Aprofundar uma Cultura de Proteção e Segurança Todos Somos Proteção Civil O Dia Internacional da Proteção Civil Proteção Civil e Educação Riscos e Autoproteção na Educação Redução do Risco de Desastres (RRD) na Escola Segurança em Proteção Civil no Meio Escolar Retomar a Cultura de Prevenção na Sala de Aula A Proteção Civil na Educação Atividades Comuns de Proteção Civil A Consciência dos Riscos e a Proteção Civil 10 Enfrentar Situações de Crise e Pós-crise 14 Comunicações de Aviso às Populações 20 O Plano de Emergência 24 A Mochila ou «Kit» de Emergência 28 Glossário 32 Caderno 1 Caderno 2 Caderno 3 Caderno 4
Notas de Abertura
A existência de um sistema de Proteção Civil é essencial para a vida das pessoas, porque através da identificação de vulnerabilidades e da promoção de medidas preventivas, permite-nos antecipar e mitigar riscos coletivos, como desastres decorrentes de fenómenos naturais, acidentes industriais ou ameaças à segurança pública, reduzindo assim o impacto desses eventos na sociedade. Nesse sentido, a educação e sensibilização das pessoas, e sobretudo dos mais jovens, que são relevantes agentes de moldagem dos nossos comportamentos em família, sobre o que é a Proteção Civil, sobre medidas de autoproteção, sobre primeiros socorros e sobre procedimentos de evacuação, só para citar alguns conteúdos relevantes, aumentam a resiliência da sociedade e contribuem inegavelmente para uma cidadania ativa e consciente de todos nós. E relevo aqui a essencial responsabilidade e desempenho dos Municípios que são a base da pirâmide do sistema de Proteção Civil, na prevenção e preparação para riscos coletivos na identificação de vulnerabilidades locais, no planeamento da promoção de medidas preventivas e sobretudo, na sensibilização das comunidades para a temática dos riscos. E por isso mesmo realço a relevância desta iniciativa e a sua inclusão num projeto educativo. Tendo consciência que é uma responsabilidade compartilhada por todos nós, cidadãos, e deve ser constantemente aprimorada para enfrentar os desafios emergentes, esta iniciativa do Município de Marco de Canavezes de assinalar o Dia Internacional da Proteção Civil, em colaboração com a equipa do projeto do Ministério da Educação, #EstudoEmCasa Apoia, produzindo um Ebook educativo e didático sobre matérias que visam introduzir no sistema de ensino, diversas temáticas de Proteção Civil, nomeadamente no âmbito dos conteúdos de «Cidadania e Desenvolvimento», é uma ação digna de louvor e que contribui de sobremaneira para uma sociedade mais justa e segura, porque em matéria de Proteção Civil, TODOS SOMOS IMPORTANTES. Quando ocorrem acidentes graves ou catástrofes, a Proteção Civil desempenha um papel fundamental na resposta rápida e coordenada, mobilizando recursos, evacuando áreas em risco, prestando assistência às vítimas e restaurando a normalidade. Duarte da Costa Presidente da ANEPC 6
Cristina Vieira Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses A segurança e o bem-estar que compete ao Estado garantir em toda a extensão do território nacional, nomeadamente por via da competência das diversas instâncias da Administração, são enquadradas num domínio estrutural da sociedade com expressão local, relativamente recente, designada por Proteção Civil. O valor primordial da segurança e o condicionalismo dos riscos na coesão e no reforço do grupo social em presença no território, determinou que a Câmara Municipal do Marco de Canaveses, por via do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), estabelecesse como orientação estratégica de atuação no concelho o aprofundamento e a difusão de uma cultura de prevenção e segurança em proteção civil, tendo o cidadão como seu destinatário preferencial. Nesse sentido, congregando os propósitos da Estratégia Nacional de Proteção Civil Preventiva com a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, no âmbito da execução do projeto do SMPC «Cidadania: Educação para os Riscos e Autoproteção», ganhando os créditos e a colaboração da equipa do projeto #EstudoEmCasa Apoia num esforço conjunto pioneiro, que se pretende ver repercutido nos conteúdos das atividades educacionais desde as idades mais precoces, vimos dar à estampa a edição do livro didático-pedagógico «Um Marco na Prevenção». Transferindo para os agentes educativos informação necessária ao conhecimento do cidadão, concretizando, simultaneamente, um tema fundamental do Referencial da Educação para o Risco, estamos a contribuir para a prevenção da segurança do cidadão e, por sua via, como forma de preparação de uma sociedade mais consciente dos processos de que depende o bem-estar de todos e de cada um. Este conceito, vulgarmente reconhecido como exclusivo atributo institucional público, é igualmente matéria do interesse da esfera privada do cidadão na medida em que constitui o primeiro pilar do Estado democrático, em toda a expressão dos papéis individuais que em si conjuga, na família, nas organizações e na sociedade, independentemente da condição e do estatuto social. 7
Atividades Comuns de Proteção Civil 4
A Consciência dos Riscos e a Proteção Civil vamos ler… Enquanto as sociedades humanas progridem, expandindo a sua influência sobre a Terra – aprofundando o seu alcance tecnológico e desenvolvendo o seu potencial transformador, alterando ecossistemas e modificando paisagens –, nos últimos 70 anos o planeta parece ter aumentado a frequência e a intensidade das suas dinâmicas, revelando uma face mais instável, intempestiva e violenta. A crescente ampliação das sociedades, sobrepondo o seu assentamento em áreas naturais de risco e investindo em domínios tecnológicos e experimentais suscetíveis ao erro e à sua eclosão sem controlo, resultou na multiplicação de novos perigos e ameaças provenientes de eventos extremos de ordem natural, tecnológica e biológica. Embora os acidentes, desastres e catástrofes, sempre tenham estado na interface Terra-Homem e façam parte da história das civilizações, globalmente, o crescimento dos fatores de risco contribuíram para alargar a exposição e aumentar a vulnerabilidade das populações aos seus efeitos adversos, mais ou menos perturbadores, e fora de qualquer controlo. A condição dinâmica do planeta e o desenvolvimento das atividades e ações humanas potenciam forças e conjugações imprevisíveis, onde ninguém pode pensar que está a salvo dos seus efeitos descontrolados, tenham causa próxima ou mais distante. Em todas as latitudes, acidentes e desastres com origem em episódios de natureza geológica súbitos e decorrentes de atividades desenvolvidas pelo homem, em determinados momentos críticos, manifestam os seus modos desestruturantes, tomando proporções catastróficas nunca imaginadas. As diferentes origens, intensidades e amplitudes que as ocorrências podem configurar, influenciando qualquer território continental, país ou região mais ou menos vasta, são diretamente repercutidas nas sociedades, nos cidadãos e no ambiente. 10
vamos ver e/ou ouvir… Nenhum lugar do mundo é isento de comportar ou receber no seu meio a influência de condições físicas, fatores tecnológicos e elementos biológicos que, por si mesmo ou pela ação humana, de modo imprevisível, concorrem para despertar emergências sem controlo e em cadeia, com potencial para afetar infraestruturas, destruir patrimónios, modificar o ambiente, causar danos materiais e prejuízos socioeconómicos descomunais e vitimar populações em perdas de vidas humanas. A tomada de consciência dos riscos presentes, associada às preocupações da população em preservar o bem-estar individual, a segurança comum, os patrimónios e o meio ambiente, alicerçadas nas expectativas de progresso e de desenvolvimento sustentado, conduzem as sociedades a tomar medidas preventivas e de mitigação dos riscos coletivos associados aos diversos contextos naturais e de situações ocasionais intempestivas resultantes de atividades que o homem desenvolve. Acede ao recurso educativo digital “A Consciência dos Riscos e a Proteção Civil” para veres ovídeoe/ou ouvires o podcast. A Consciência dos Riscos e a Proteção Civil 11
vamos perceber… A Consciência dos Riscos e a Proteção Civil Desde 1980, os incêndios florestais destruíram mais de 190 000 km² na Europa. Correspondem a duas vezes a superfície de Portugal. 1 SELECIONAa opção correta para cada uma das afirmações, marcando com um“x”, depois de analisares a informação contida no gráfico. A. Com base na informação, o número de incêndios foi... ocrescendo, e desde 1980 todos os anos que lhes sucedem apresentam um valor superior. ocrescendo, gradualmente, embora essa evolução não apresente valores sempre progressivos em todos os anos. B. Globalmente, o crescimento dos fatores de risco, como a alteração da cobertura vegetal, contribuíram para alargar a exposição… oe aumentar a vulnerabilidade das populações aos riscos. oe diminuir o risco a que as populações estão sujeitas. Fonte: Agência Europeia do Ambiente, União Europeia, 2022. 12
A Consciência dos Riscos e a Proteção Civil As inundações graves na Europa estão a aumentar. Nos últimos 50 anos, na região mediterrânica, verificou-se um aumento de 22% da intensidade da precipitação. 2 SELECIONAa opção correta para cada uma das afirmações, marcando com um“x”, depois de analisares a informação contida no gráfico. A. Repara no número de inundações graves ocorridas no espaço da União Europeia. Podemos concluir que depois de 1985, este fenómeno... otem vindo a agravar-se. otem vindo a diminuir. B. Em todas as latitudes, as atividades desenvolvidas pelo homem podem resultar na multiplicação de novos perigos e ameaças… oonde ninguém pode pensar estar a salvo de seus efeitos descontrolados. oque não oferecem potenciais riscos capazes de vitimar populações. Fonte: Agência Europeia do Ambiente, União Europeia, 2022. C. Tomar consciência dos riscos é essencial para que as sociedades… otomem medidas preventivas e de mitigação dos riscos coletivos. oexijam socorro por parte das autoridades. 13 Verifica as tuas respostas
Enfrentar Situações de Crise e Pós-crise vamos ler… De causas naturais ou com origens nas atividades humanas, o incremento da ocorrência de acidentes e os perigos que deles advêm para as sociedades, sem distinguir nacionalidades, territórios ou populações, conduziu a uma consciencialização crescente sobre a necessidade do aumento da preparação para minimizar os seus impactos nas pessoas, nas estruturas sociais, nos bens patrimoniais e na natureza. Perante as alterações em curso e o previsível agravamento das condições físicas do ambiente planetário, com tendencial aumento das vulnerabilidades sociais e humanas, colocados num contexto global de incertezas, o conhecimento em matérias de proteção civil e segurança comum aponta no sentido da divulgação de informação e promoção da sensibilização pública que priorize a autoproteção das pessoas e reforce a sua resiliência e a das comunidades de que fazem parte. A informação e o esclarecimento são decisivos no desempenho preventivo de cada cidadão, procurando evitar e atenuar danos individuais, materiais, económicos e sociais em situação de crise e pós-crise. A nível nacional e à escala local ninguém está dispensado de usar procedimentos preventivos e de necessitar de respostas de recurso emergencial, eficazes na redução do risco e na resolução de acidentes, desastres e catástrofes. Mais do que nunca, é avisado ampliar e aprofundar na comunidade uma cultura de prevenção e segurança coletiva que faculte às pessoas reconhecer perigos, evitar riscos individuais e coletivos e colaborar nas eventuais respostas às emergências. Ao cidadão cabe conhecer o meio e identificar os riscos que possam existir na residência, no local de trabalho, na comunidade e na região, mantendo atualizada informação decisiva na adequação de comportamentos que permitam gerir o risco e agir pronta e adequadamente em prováveis situações de crise e recuperação póscrise. 14
vamos ver e/ou ouvir… A elaboração do plano de emergência para a habitação, o condomínio e o local de trabalho – identificando riscos, definindo caminhos de evacuação e localizando o ponto de encontro, assim como a sua exercitação periódica –, constituem procedimentos preventivos muito úteis para todos na tomada de atitude individual nos momentos iniciais de um evento adverso. Para os primeiros momentos, antes da chegada de socorro, é de extrema importância ter em casa e no carro um kit de emergência, constituído por uma pequena mochila contendo diversos materiais, tais como: estojo de primeiros socorros, rádio, lanterna, apito, máscara de proteção, um par de luvas, manta corta-fogo, água, alimentos energéticos e conservas para 3 dias. Com a ocorrência de um sinistro que resulte em acidente, desastre ou catástrofe a comunicação a um órgão operacional de proteção civil e o pedido de ajuda deve ser estabelecido imediatamente por telefone fixo, telemóvel ou telefone público, marcando o número europeu de emergência 112. Acede ao recurso educativo digital “Enfrentar Situações de Crise e Pós-crise” para veres ovídeoe/ou ouvires o podcast. Enfrentar Situações de Crise e Pós-crise 15
vamos perceber… 1 ASSINALAa tua resposta no que respeita à tua preparação para agir em situação de crise. Coloca-te no papel de um cidadão que se encontra perante uma situação de crise. Enfrentar Situações de Crise e Pós-crise Já elaboraste um PLANO DE EMERGÊNCIA? Elaborei com a minha família um plano de emergência e mantenho a calma, pois sei o que fazer. Muito bem! Não precisas de entrar em pânico. Apesar das adversidades, tu conheces os percursos de evacuação e qual o ponto de encontro. A elaboração do plano de emergência para a habitação, o condomínio e o local de trabalho é imprescindível em caso de catástrofe. Não disponho de um plano de emergência familiar pois considero que estas catástrofes não afetam a minha região. Atenção! Podes entrar em pânico e não sabes como agir. Para evitar isso, deves elaborar um plano de emergência respeitando os seguintes procedimentos: Identificar os riscos; Definir caminhos de evacuação; Localizar pontos de encontro. SIM NÃO 16
Enfrentar Situações de Crise e Pós-crise Já criaste a tua MOCHILA DE EMERGÊNCIA? Não possuo mochila de emergência, apesar de reconhecer a sua importância na resposta às emergências, adiei sempre a elaboração da mesma. Cuidado! Em caso de acidente, desastre ou catástrofe, podes comprometer a tua sobrevivência. Não te esqueças de criar a tua mochila de sobrevivência com, pelo menos, estojo de primeiros socorros e medicamentos vitais, rádio e lanterna a pilhas, apito, água e alimentos para pelo menos 3 dias. Antes da chegada de socorro, é de extrema importância ter uma mochila de emergência. Construí uma mochila com bens essenciais à minha sobrevivência como, estojo de primeiros socorros e medicação vital, rádio e lanterna a pilhas, apito, água, alimentos, entre outros bens. Muito bem! Apesar das adversidades que surgem após uma crise, dispões de meios que te permitem garantir a sobrevivência até à chegada das primeiras equipas de socorro. NÃO SIM 17 2 ASSINALAa tua resposta no que respeita à tua preparação para agir em situação de crise. Coloca-te no papel de um cidadão que se encontra perante uma situação de crise.
vamos perceber… 3 ASSINALAa tua resposta no que respeita à tua preparação para agir em situação de crise. Coloca-te no papel de um cidadão que se encontra perante uma situação de crise. Enfrentar Situações de Crise e Pós-crise Já conheces o NÚMERO EUROPEU DE EMERGÊNCIA? Devo ligar de imediato para o 112. Muito bem! Sabes como agir em situação de crise. Com a ocorrência de um sinistro que resulte em acidente, desastre ou catástrofe, é fundamental contactar de imediato as autoridades. Considero mais importante registar o momento e avisar os meus seguidores nas redes sociais. Por isso, preciso de fazer um "reel" sobre a situação em que me encontro. Cuidado! Não ligaste às autoridades competentes e poderás ficar incontactável. Pensa bem na opção que tomaste, pois pode estar em causa a tua sobrevivência. Não te esqueças, em situação de crise, no espaço europeu, deves ligar o 112. SIM NÃO 18 Verifica as tuas respostas
Enfrentar Situações de Crise e Pós-crise 4 REGISTAo que aprendeste e depois transfere para o teu telemóvel ou bloco de notas digital. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Comunicações de Aviso às Populações vamos ler… A informação aos cidadãos, sobre os riscos a que estão sujeitos e as medidas a adotar para prevenir, evitar, minimizar ou mitigar impactos decorrentes de acidentes, desastres e catástrofes, constitui um direito consagrado a todos e é um dos princípios em que a proteção civil se realiza. A resiliência das comunidades aos riscos coletivos e a celeridade da resposta operacional a acidentes, desastres e catástrofes decorrem da informação relevante e oportuna, capaz de garantir a adoção de medidas potenciadoras da prevenção e da eficiência de intervenção das estruturas de proteção civil. A monitorização e a vigilância constante dos processos ou fenómenos com potencial risco coletivo facultam a previsão da ocorrência de um evento adverso e, em caso de incidência sobre um território, permitem a comunicação de mobilização atempada dos agentes e meios de proteção civil, e proporciona a difusão oportuna de informação de aviso às populações previsivelmente afetadas. Com a população avisada para iminente ocorrência de acidente, desastre ou catástrofe, os cidadãos ficam informados das medidas a adotar e dos procedimentos a tomar num determinado território e num período de tempo específico, com vista a minimizar os efeitos decorrentes dos riscos que enfrentam. No âmbito do sistema nacional de Proteção Civil, a comunicação dirigida à população previsivelmente afetada pelo estado de evolução de um risco coletivo, da iminência ou ocorrência de um acidente, desastre ou catástrofe, é realizada sob a forma de aviso que passa a alerta de Proteção Civil. A emissão de avisos à população é uma ação de natureza preventiva, da competência dos centros de coordenação operacional (nacional, regionais e subregionais) e das Comissões Municipais de Proteção Civil, fornecendo informação relacionada com a especificidade de um evento previsível ou potencial e sobre as medidas de autoproteção a adotar pela população, num período de tempo determinado e num dado território. 20
vamos ver e/ou ouvir… A difusão de avisos é garantida pela Autoridade Nacional de Emergência de Proteção Civil (ANEPC) e pelos Serviços Municipais de Proteção Civil (SMPC), através de operadores de comunicações, televisão e radiodifusão, sendo mais comuns os avisos meteorológicos emitidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para situações de risco em caso de vento forte, precipitação forte, queda de neve, trovoada, frio, calor, nevoeiro persistente e agitação marítima. Os avisos meteorológicos são reportados à escala distrital, segundo uma tabela de cores que reflete o nível de intensidade previsível do fenómeno: Acede ao recurso educativo digital “Comunicações de Aviso às Populações” para veres ovídeoe/ou ouvires o podcast. Comunicações de Aviso às Populações VERDE Ausência de risco AMARELO Situação de risco LARANJA Risco moderado a elevado VERMELHO Risco extremo 21
vamos perceber… Comunicações de Aviso às Populações Informação em atualização Ausência de risco Situação de risco Risco moderado a elevado Risco extremo 1 LIGAcom uma seta, a informação à sinalética de cores. VERMELHO AMARELO LARANJA VERDE CINZENTO 22 Verifica as tuas respostas
Comunicações de Aviso às Populações Se tens dificuldade em distinguir as cores, fica a conhecer este sistema de identificação de cores. Caso queiras saber mais acede a coloradd.net 23
O Plano de Emergência vamos ler… Os eventos naturais e antrópicos indutores de emergências – acidentes, desastres e catástrofes – ocorrem de modo súbito, resultando frequentemente em prejuízos materiais e vítimas humanas quando, no momento de eclosão, surgem sem aviso prévio. Combater a vulnerabilidade das sociedades requer que todos estejamos conscientes dos riscos existentes no meio, mobilizados na preparação de respostas individuais e coletivas que antecedem e previnem as ocorrências e que são decisivas na redução dos seus impactos. A inclusão dos princípios de prevenção, precaução e autoproteção na atitude comum, começa na família, é consolidada no decurso do processo formativo e acompanha o cidadão ao longo da vida, como forma de robustecimento da comunidade em matérias de proteção e segurança, muito para além do imediatismo das respostas às consequências de acidentes, desastres e catástrofes. No âmbito da proteção e segurança das pessoas no lar, em condomínio, na escola e no local de trabalho, o Plano de Emergência (PE) constitui um recurso de prevenção e ação para famílias e pessoas, onde são definidos procedimentos e tarefas individuais mais adequados e eficazes, de modo a evitar algum perigo, e como são coordenados e mobilizados meios e recursos em alguma conjuntura adversa. O Plano de Emergência é um instrumento de proteção civil no lar, no trabalho e no lazer, orientador e coordenador, sintético e objetivo, de linguagem simples e clara, contendo a resposta para cada uma das previsíveis situações de emergência que possam ocorrer no local de presença – incêndio, deslizamento, sismo, inundação, tempestade, fenómeno climático extremo – considerando adultos, crianças, pessoas com limitações físicas e animais. De forma a definir com antecipação um guião de procedimentos, tarefas e atividades preventivas a realizar por cada um antes, durante e após um acidente, desastre ou catástrofe, a elaboração do Plano de Emergência requer a participação voluntária e organizada de todos os membros do agregado. 24
vamos ver e/ou ouvir… A elaboração do Plano de Emergência (PE) passa, em primeiro lugar, pela identificação dos riscos existentes no lugar e no meio, e pelo conhecimento da habitação, assegurando a remoção de obstáculos, móveis, objetos e substâncias inflamáveis que contribuam para agravar alguma situação de crise. No caso de algumas adversidades, a casa constitui local de abrigo, havendo lugar a constituir uma reserva alimentar e água potável para um período mínimo de três dias, noutras pode determinar a evacuação. Nestas circunstâncias, o plano (PE) requer o estabelecimento de percursos de evacuação desimpedidos e a definição de um ponto de encontro exterior, em espaço aberto, elevado e distante de estruturas com risco de colapso. Estar preparado para uma emergência grave é a forma mais eficaz de evitar o pânico e manter a calma, garantindo a sua proteção e a segurança de todos. Acede ao recurso educativo digital “O Plano de Emergência” para veres ovídeoe/ou ouvires o podcast. O Plano de Emergência 25
vamos perceber… 1 ORDENA as imagens (de 1 a 5, no círculo) para que fiquem com a ordem correta de atuação, em caso de situação de emergência. O Plano de Emergência …E remover obstáculos, móveis, objetos e substâncias inflamáveis. Desobstruir percursos …E ter o “Kit” de emergência atualizado. Criar uma mochila de emergência 26
O Plano de Emergência …E escolher um espaço exterior, aberto, elevado e distante de estruturas em risco de colapso. Definir um Ponto de Encontro …E definir percursos de evacuação para os diferentes riscos. Definir caminhos de evacuação …E conhecer a habitação (fixar móveis, localizar os quadros de corte de eletricidade, gás e água). Identificar os riscos 27 Verifica as tuas respostas
A Mochila ou «Kit» de Emergência vamos ler… Em todas as latitudes, a qualquer hora e em qualquer lugar, ocorrem eventos inesperados, de causas naturais diversas e por circunstâncias resultantes de atividades e ações humanas, sem planeamento nem data marcada, perturbadores da segurança e da ordem pública, causadores de vítimas, indutores de prejuízos materiais e danos pessoais e coletivos. Todos os sinistros originam situações de emergência que, pelas suas proporções (intensidade, amplitude e duração) e pelo diferenciado estado de preparação das populações e cidadãos afetados, assim podem integrar a designação de acidente, desastre ou catástrofe. As emergências têm escalas diferenciadas de amplitude, conforme a causa do evento, podendo ser circunscritas a um local, afetarem um território regional ou nacional, fazendo com que as pessoas, famílias e populações tenham de ser evacuadas da própria residência, recorrendo temporariamente a um abrigo alternativo ou por um período indeterminado. Em algumas situações de catástrofe, mesmo com os socorristas a trabalharem arduamente no teatro de operações, pode demorar algumas horas ou dias até que algum socorro consiga chegar ao local ou à área afetada. Como medida preventiva, para os momentos posteriores a eventos de grande perturbação coletiva, é de extrema importância ter em casa e no carro uma mochila ou“kit” de emergência que permita enfrentar as 72 horas seguintes. O “kit” de emergência é um conjunto de artigos de uso individual e para consumo próprio, de maior necessidade em caso de acidente, desastre ou catástrofe, constituído por uma pequena mochila contendo os seguintes suprimentos elementares mais recomendados: • rádio portátil; • lanterna e pilhas de reserva; • documentos pessoais; 28
vamos ver e/ou ouvir… • estojo de primeiros socorros e papel higiénico; • água, alimentos processados e medicamentos; • manta corta-fogo; • máscara de proteção e alguns agasalhos. Revendo periodicamente a validade do seu conteúdo, é necessário que a mochila esteja sempre operacional em lugar acessível e conhecido por todos, incluindo as crianças. Cada elemento do agregado familiar deve estar preparado para enfrentar algum imprevisto extraordinário, tendo em previsão as necessidades por que pode ter de passar, devendo acrescentar outros materiais de uso individual que possam ser úteis. Na viatura, o “kit” de emergência é para ser usado sobretudo em caso de imobilização do veículo até à chegada de socorro. Para os meses de Inverno, não se pode esquecer de incluir uma pequena pá, roupas quentes e sal-gema. Acede ao recurso educativo digital “A Mochila ou “Kit” de Emergência” para veres ovídeoe/ou ouvires o podcast. A Mochila ou «Kit» de Emergência 29
vamos perceber… 1 ASSINALA com um “X” os artigos que deves incluir na tua mochila de emergência. Dos objetos mencionados nem todos são essenciais à tua sobrevivência. A Mochila ou «Kit» de Emergência Secador de cabelo Apito Joias Luvas e agasalhos Skate Estojo de primeiros socorros Cópia de documentos de identificação Medicação vital Gelado Alimentos processados Alimentos em conserva Iogurte Manta corta-fogo Patins Biquíni Rádio a pilhas Água potável Jogo Estojo de maquilhagem Máscara Higiene pessoal Lanterna Pilhas 30 Verifica as tuas respostas
Glossário
112 – Número de emergência europeu para qualquer ocorrência que necessite de socorro de bombeiros ou da polícia, em casos de acidente, incêndio, roubo e/ou catástrofe. ACIDENTE – Acontecimento repentino que, por danos e perdas, atinge pessoas e outros seres vivos, os seus bens ou o ambiente. ALERTA – Comunicação de uma emergência por um cidadão a um órgão operacional do sistema de proteção civil. AMEAÇA – Presença de um fator físico de origem natural ou antrópica, que pode manifestar-se num tempo e/ou num espaço determinado, e põe em perigo o ser humano, as suas obras e o ambiente. AUTOPROTEÇÃO – Medidas individuais ou familiares, tendentes a prevenir ou a minimizar danos humanos, materiais ou ambientais, em caso de acidente, desastre e catástrofe. AVISO–É a comunicação de um órgão operacional do sistema de proteção civil que tem como destinatária a população afetada, ou suscetível de ser afetada por uma emergência. BENS – Todos os objetos úteis às pessoas, necessários à realização de determinados fins. (Ex: carro / habitação / dinheiro) CATÁSTROFE – Acidente grave ou a série de acidentes graves originado pela natureza ou pelo homem que causa elevados prejuízos às pessoas, aos seus bens e à natureza, podendo provocar vítimas, e que afeta de forma severa parte da população ou o país inteiro. CIDADÃO–Indivíduo ou pessoa, habitante de uma localidade, região ou país. CIVIL–Relativo e comum a todos os cidadãos de um país. COMUNIDADE – Conjunto de pessoas que formam a população de um lugar, freguesia ou concelho, ou a totalidade dos cidadãos de um país. DESASTRE – Perturbação do funcionamento de uma comunidade ou sociedade, resultante da ocorrência de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, causando perdas humanas, materiais, económicas e ambientais que excedem a capacidade da população de fazer frente à situação com seus próprios meios e recursos. 32
EMERGÊNCIA – Situação grave inesperada que coloca a vida e/ou os bens das pessoas em perigo e obriga a tomar medidas excecionais para salvar vidas e proteger bens. EVACUAÇÃO – Ato ou efeito de sair de um local, onde ocorreu ou haja risco de ocorrer um acidente ou catástrofe, para um local seguro. NATUREZA–Tudo quanto existe e não foi criado pelo homem. PATRIMÓNIO – Bem ou conjunto dos bens que representam aspetos da identidade de uma comunidade e de um país. (Ex: heranças do passado > castelos / igrejas / casas / pinturas / esculturas) PERIGO– Situação ou fenómeno que pode causar danos à saúde ou à vida de uma pessoa e/ou da comunidade e aos seus bens. PRECAUÇÃO– Cautela antecipada para evitar riscos e perigos com consequências desagradáveis para os cidadãos e seus bens. PREVENÇÃO – Medidas para evitar acidentes ou catástrofes e proteger dos seus efeitos as pessoas, bens, outros seres vivos e o ambiente. PROTECÇÃO– Ato de proteger, de preservar e de abrigar as pessoas, os bens, os animais e a natureza. PROTECÇÃO CIVIL – A atividade desenvolvida pelo Estado - Governo, regiões, comunidades intermunicipais, autarquias locais e cidadãos - para prevenir acidentes graves e catástrofes e atenuar os seus efeitos, para proteger e socorrer as pessoas, bens e outros seres vivos em perigo. RESILIÊNCIA – Capacidade de prevenir, reagir, superar e/ou recuperar de uma situação adversa extrema. RISCO – Possibilidade ou probabilidade de um perigo, de origem natural ou provocado pelo homem, resultar em acontecimento destrutivo na comunidade, com danos e perda de bens, pessoas feridas e vítimas mortais. SEGURANÇA – As condições necessárias a criar confiança, descontração e tranquilidade às pessoas quanto à sua proteção e dos seus bens. TECNOLOGIA – Conjunto dos instrumentos necessários ao trabalho em qualquer ofício ou atividade. VÍTIMAS–As pessoas atingidas pelos efeitos de um acidente ou de uma catástrofe. VULNERABILIDADE – Condição de suscetibilidade ou predisposição, relativa às pessoas, à sociedade, aos bens e à natureza, para não conseguir evitar danos e perdas em caso de exposição a acidentes e catástrofes. 33
Símbolo do Serviço Municipal de Proteção Símbolo do Sistema Nacional de Proteção Símbolo internacional da defesa e proteção 34
Acede ao ebook “Um Marco na Prevenção”
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