UM MARCO NA PREVENÇÃO - Caderno 3

NA PREVENÇÃO UMMARCO vamos proteger CADERNO 3 Proteção Civil e Educação Autoria Publicação conteúdos multimédia fichas de leitura atividades

Ficha Técnica TÍTULO Um Marco na Prevenção | Caderno 3 - Proteção Civil e Educação AUTORIA | COPYRIGTH © Serviço Municipal de Proteção Civil de Marco de Canaveses #EstudoEmCasa Apoia EDIÇÃO | GRAFISMO | CAPA #EstudoEmCasa Apoia IMAGENS pexels.com PUBLICAÇÃO Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência DATA Março 2024

Apresentação A coleção dos 4 Cadernos “UmMarco na Prevenção” é o resultado de uma parceria entre o Serviço Municipal de Proteção Civil do Marco de Canaveses (SMPCMC) e a Equipa do projeto #EstudoEmCasa Apoia (#EEC@), do Ministério da Educação, responsável pela produção e criação da Plataforma de Recursos Educativos Digitais estudoemcasaapoia.dge.mec.pt. Seguindo a estratégia de uma resposta inclusiva do #EEC@, a tipologia destas fichas de leitura, foi desdobrada noutros formatos nomeadamente, podcast e videocast que inclui interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Para além disso foram, também, acrescentadas atividades didáticas diversificadas que permitem aos utilizadores sistematizar as aprendizagens. Estes cadernos pretendem contribuir para a criação de uma cultura de prevenção, autoproteção e segurança, onde cada cidadão é o pilar e o primeiro agente de proteção civil. Sob o mote “vamos proteger”, a organização do conteúdo convida e evoca o leitor para essa participação ativa: “vamos ler” (fichas de leitura), “vamos ver e/ou ouvir” (acesso ao conteúdo digital podcast e videocast através de hiperligação) e “vamos perceber” (atividades didáticas). Pela sua pertinência, o conteúdo destes 4 Cadernos foi também transformado num livro impresso destinado a toda a comunidade escolar, bem como ao público em geral e pretende constituir-se como uma ferramenta útil, de consulta fácil, criada e desenvolvida para melhor compreendemos os princípios básicos que asseguram a sobrevivência individual e coletiva. O #EEC@ desenvolveu um conjunto de conteúdos digitais sobre o tema da Prevenção e Segurança, tendo como ponto de partida as fichas de leitura da autoria do Dr. Emanuel Queirós, Técnico Superior do SMPCMC. Estes 20 recursos didáticos foram organizados em modelo de aprendizagem microlearning e estão alinhados com o Referencial da Educação para o Risco, da área curricular de Cidadania e Desenvolvimento. Para além do Ministério da Educação este produto conta com o apoio institucional do Ministério da Administração Interna.

Índice Notas de Abertura 6 Domínios e Estrutura da Proteção Civil Origens da Proteção Civil Objetivos e Domínios da Proteção Civil A Proteção Civil em Portugal Elementos da Estrutura de Proteção Civil A Proteção Civil no Município O Cidadão e a Proteção Civil Na Segurança de Cada Um a Proteção de Todos A Prevenção na Atitude do Cidadão Aprofundar uma Cultura de Proteção e Segurança Todos Somos Proteção Civil O Dia Internacional da Proteção Civil Proteção Civil e Educação Riscos e Autoproteção na Educação 10 Redução do Risco de Desastres (RRD) na Escola 14 Segurança em Proteção Civil no Meio Escolar 18 Retomar a Cultura de Prevenção na Sala de Aula 22 A Proteção Civil na Educação 28 Atividades Comuns de Proteção Civil A Consciência dos Riscos e a Proteção Civil Enfrentar Situações de Crise e Pós-crise Comunicações de Aviso às Populações O Plano de Emergência A Mochila ou «Kit» de Emergência Glossário 34 Caderno 1 Caderno 2 Caderno 3 Caderno 4

Notas de Abertura

A existência de um sistema de Proteção Civil é essencial para a vida das pessoas, porque através da identificação de vulnerabilidades e da promoção de medidas preventivas, permite-nos antecipar e mitigar riscos coletivos, como desastres decorrentes de fenómenos naturais, acidentes industriais ou ameaças à segurança pública, reduzindo assim o impacto desses eventos na sociedade. Nesse sentido, a educação e sensibilização das pessoas, e sobretudo dos mais jovens, que são relevantes agentes de moldagem dos nossos comportamentos em família, sobre o que é a Proteção Civil, sobre medidas de autoproteção, sobre primeiros socorros e sobre procedimentos de evacuação, só para citar alguns conteúdos relevantes, aumentam a resiliência da sociedade e contribuem inegavelmente para uma cidadania ativa e consciente de todos nós. E relevo aqui a essencial responsabilidade e desempenho dos Municípios que são a base da pirâmide do sistema de Proteção Civil, na prevenção e preparação para riscos coletivos na identificação de vulnerabilidades locais, no planeamento da promoção de medidas preventivas e sobretudo, na sensibilização das comunidades para a temática dos riscos. E por isso mesmo realço a relevância desta iniciativa e a sua inclusão num projeto educativo. Tendo consciência que é uma responsabilidade compartilhada por todos nós, cidadãos, e deve ser constantemente aprimorada para enfrentar os desafios emergentes, esta iniciativa do Município de Marco de Canavezes de assinalar o Dia Internacional da Proteção Civil, em colaboração com a equipa do projeto do Ministério da Educação, #EstudoEmCasa Apoia, produzindo um Ebook educativo e didático sobre matérias que visam introduzir no sistema de ensino, diversas temáticas de Proteção Civil, nomeadamente no âmbito dos conteúdos de «Cidadania e Desenvolvimento», é uma ação digna de louvor e que contribui de sobremaneira para uma sociedade mais justa e segura, porque em matéria de Proteção Civil, TODOS SOMOS IMPORTANTES. Quando ocorrem acidentes graves ou catástrofes, a Proteção Civil desempenha um papel fundamental na resposta rápida e coordenada, mobilizando recursos, evacuando áreas em risco, prestando assistência às vítimas e restaurando a normalidade. Duarte da Costa Presidente da ANEPC 6

Cristina Vieira Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses A segurança e o bem-estar que compete ao Estado garantir em toda a extensão do território nacional, nomeadamente por via da competência das diversas instâncias da Administração, são enquadradas num domínio estrutural da sociedade com expressão local, relativamente recente, designada por Proteção Civil. O valor primordial da segurança e o condicionalismo dos riscos na coesão e no reforço do grupo social em presença no território, determinou que a Câmara Municipal do Marco de Canaveses, por via do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), estabelecesse como orientação estratégica de atuação no concelho o aprofundamento e a difusão de uma cultura de prevenção e segurança em proteção civil, tendo o cidadão como seu destinatário preferencial. Nesse sentido, congregando os propósitos da Estratégia Nacional de Proteção Civil Preventiva com a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, no âmbito da execução do projeto do SMPC «Cidadania: Educação para os Riscos e Autoproteção», ganhando os créditos e a colaboração da equipa do projeto #EstudoEmCasa Apoia num esforço conjunto pioneiro, que se pretende ver repercutido nos conteúdos das atividades educacionais desde as idades mais precoces, vimos dar à estampa a edição do livro didático-pedagógico «Um Marco na Prevenção». Transferindo para os agentes educativos informação necessária ao conhecimento do cidadão, concretizando, simultaneamente, um tema fundamental do Referencial da Educação para o Risco, estamos a contribuir para a prevenção da segurança do cidadão e, por sua via, como forma de preparação de uma sociedade mais consciente dos processos de que depende o bem-estar de todos e de cada um. Este conceito, vulgarmente reconhecido como exclusivo atributo institucional público, é igualmente matéria do interesse da esfera privada do cidadão na medida em que constitui o primeiro pilar do Estado democrático, em toda a expressão dos papéis individuais que em si conjuga, na família, nas organizações e na sociedade, independentemente da condição e do estatuto social. 7

Proteção Civil e Educação 3

Riscos e Autoproteção na Educação vamos ler… A integração humana na fisiologia do planeta – partilhando das interações processuais sistémicas de intensidade e magnitude diversa que constantemente são operadas em escalas temporais e espaciais variáveis, concebido pelo senso comum como propriedade global e exclusiva das nações, feito de ar, rocha e água à mercê da sorte de cada um– conduziu a civilização e as sociedades a um estádio generalizado de alheamento das dinâmicas naturais e de negligência para com a saúde desta excecional maternidade terrestre. Apesar de todos os progressos científicos e tecnológicos registados e do reconhecimento comum da proteção e segurança como necessidades sociais mais elementares, o conhecimento e a capacitação do cidadão em matérias de prevenção para o risco e segurança em proteção civil é generalizadamente omisso na comunidade e ausente nos currículos e manuais escolares. A sociedade tem deixado à subjetividade da atitude espontânea de cada um o padrão de comportamento que, no interesse da salvaguarda do cidadão e em proveito alargado da população, poderia ser referenciado por princípios de precaução e cooperação, pautado por condutas comuns de autoproteção. No entanto, da garantia de criação e manutenção de condições de segurança depende o bem-estar da comunidade e a satisfação dos seus elementos constitutivos. Essas circunstâncias decorrem da formação obtida, da informação partilhada e do esclarecimento presente no indivíduo e nas famílias. No atendimento a este propósito coletivo, a missão cultural estruturante da Educação no reforço da identidade e na valorização do grupo – abrindo a orientação individual à autorrealização para o desenvolvimento comum – reveste-se de um valor insubstituível, validando e difundindo conhecimento dos riscos que as sociedades enfrentam e preparando o cidadão como ser ciente e consciente do seu papel relacional no lugar e no mundo. 10

vamos ver e/ou ouvir… Reconhecendo o estádio incipiente de uma cultura preventiva para a segurança em proteção civil – contexto social extensivo às famílias, favorecedor da sensação de insegurança e potenciador da criação de novos riscos –, o compromisso da Educação na sociedade e o contributo dos docentes na sua persistente ação educativa são decisivos na partilha e ampliação de conhecimentos, na realização de aprendizagens promotoras de capacitação individual para a construção de resiliência e na redução de riscos de acidentes, desastres, catástrofes, visando evitar perdas que originam. Os riscos de acidentes e desastres podem ser evitados e as emergências devem ser previamente combatidas com formação e conhecimento difundido e exercitado desde as idades mais precoces ao longo do processo educativo. A atitude preventiva portadora de segurança, que deverá salvaguardar o aluno além do espaço da escola e no decurso do seu percurso de vida como cidadão, tem na ação educativa o seu meio mais adequado e propício à tomada de consciência do contributo de cada um na criação de um futuro mais seguro e sustentável. Acede ao recurso educativo digital “Risco e Autoproteção na Educação” para veres o vídeoe/ou ouvires o podcast. Riscos e Autoproteção na Educação 11

vamos perceber… Riscos e Autoproteção na Educação 1 SUBLINHA, de entre as opções que aparecem a negrito, as palavras que tornam as frases verdadeiras. Apesar de todos os progressos/artigos científicos e tecnológicos e do reconhecimento da importância da proteção e da segurança, o conhecimento e a capacitação do cidadão, na área da prevenção para o risco e segurança são pouco/muitoabordados em contexto escolar. Numa cultura de prevenção/remediação para a segurança em Proteção Civil, o compromisso da educação é irrelevante/decisivo para a ampliação de conhecimentos e a realização de aprendizagens e capacidades. Permite a manutenção/construção da resiliência e assim, a redução de riscos, desastres e catástrofes comperdas/ganhoshumanos e materiais. Os riscos de acidentes e desastres não podem/podem ser evitados com/sem formação e conhecimento, devendo este integrar, desde o início, o percurso escolar. É neste contexto que se criam as condições para consciencialização/rejeição do contributo de cada um na criação/observaçãode um futuro mais seguro e sustentável. 12 Verifica as tuas respostas

Riscos e Autoproteção na Educação 2 REGISTAo que aprendeste e depois transfere para o teu telemóvel ou bloco de notas digital. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Redução do Risco de Desastres (RRD) na Escola vamos ler… Enquanto prosseguimos, sem recuo, com emissões de metano e dióxido de carbono na atmosfera, crescimento e ocupação urbana de espaços naturais, poluindo rios e oceanos, desflorestação intensiva de florestas autóctones e destruição de ecossistemas, extinção de espécies e perda de biodiversidade, a cada ano que passa, registamos em todo o mundo um recrudescimento sem precedentes de fenómenos geometeorológicos extremos e cenários de catástrofes socioambientais mais intensas e frequentes. Sem atendimento ao meio natural em que estamos integrados e dessintonizados do seu amplo e intenso funcionamento sistémico, agimos imprudentemente sobre o dorso planetário, ignorando os equilíbrios e as dinâmicas ambientais estabelecidas, construindo e adicionando novos riscos de acidentes, desastres e catástrofes. Neste primeiro quartel do século XXI, a exposição de pessoas e sociedades à ocorrência de eventos geofísicos extremos e o aumento dos riscos de perda de vidas e danos materiais geram fundados receios, medos e incertezas, constituindo uma das maiores ameaças globais da década 2020-2030. O risco de desastres nas sociedades tem vindo a crescer globalmente induzido pelo contributo da ação humana, colocando em evidência a necessidade de informar e capacitar o cidadão para adotar medidas de antecipação aos acontecimentos e fortalecer uma resposta comum na recuperação das emergências, cooperando na prevenção de perdas futuras. Não importa o hemisfério, o continente, o país, o concelho, a cidade e a rua onde temos assentamento. À escala planetária, é reconhecida a vulnerabilidade das sociedades aos eventos geofísicos extremos, tornando urgente a consciencialização e a formação dos cidadãos para evitar perigos e superar impactos regionais e locais deles decorrentes. Para enfrentar a grande ameaça global da década, como aponta o Fórum Económico Mundial na 15.ª Edição do “Relatório Global de Riscos 2020”, teremos de recuar ao conjunto de estratégias da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciadas em 1990. 14

vamos ver e/ou ouvir… com a Década Internacional para a Redução de Desastres, prevalecente nas ações do “Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres”, compartilhadas com os Estados membros no período de 2015-2030, e para as quais a Escola está convocada. Na dinamização e difusão de conhecimento, científica e tecnicamente validado, as escolas detêm uma posição de charneira onde urge consolidar, no processo de ensino, matérias e atividades relativas à prevenção, autoproteção e redução de riscos de desastres (RRD), desde as aprendizagens iniciais. Os riscos e perigos que as sociedades enfrentam surgem reforçados no desconhecimento e na imprevidência das ações humanas, pelo que dotar a comunidade de uma cultura preventiva em proteção civil constitui condição decisiva de criação de segurança comum, tendo nela suporte a construção da sustentabilidade ambiental e a resiliência da população. Acede ao recurso educativo digital “Redução do Risco de Desastres na Escola” para veres ovídeoe/ou ouvires o podcast. Redução do Risco de Desastres (RRD) na Escola 15

vamos perceber… 1 ASSINALA com um “x” a opção correta para cada grupo de afirmações. A. A educação para o risco deve ser incutida nas crianças, desde tenra idade, para que assimilem a necessidade de prevenção. B. As crianças devem ser protegidas do conhecimento da existência de possíveis riscos para que cresçam felizes e saudáveis. C. A escola assume uma posição privilegiada na educação de conteúdos curriculares das diferentes disciplinas, não se justificando a abordagem de temáticas que não são contempladas em exames nacionais. D. A escola assume uma posição privilegiada, pois a ligação com todos os cidadãos, aquando do seu processo educativo, permite que o ensino de matérias relativas à prevenção, à autoproteção e à gestão de riscos seja consolidado. E. A escola apresenta-se como um meio propício à aprendizagem do currículo que é essencial para a formação académica, deixando a prevenção do risco para as entidades competentes. F. A escola apresenta-se como um meio propício à implementação de mecanismos que criem cidadãos mais conscientes e preparados para minimizar os riscos de catástrofes. Redução do Risco de Desastres (RRD) na Escola 16

Redução do Risco de Desastres (RRD) na Escola G. Quanto mais conscientes estão os cidadãos, mais resilientes se encontram as sociedades para minimizar as catástrofes quer no âmbito humano, quer no âmbito económico e da perda de recursos. H. Quanto mais conscientes estão os cidadãos, menos resilientes se encontram as sociedades para minimizar as catástrofes e assim reduzir a perda de recursos. I. Tomar consciência dos deveres perante situações de riscos coletivos, acidentes graves e catástrofes não é significativo para a comunidade, pois os agentes de proteção civil assumem o comando e apresentam as respostas necessárias. J. Tomar consciência dos deveres perante situações de riscos coletivos, acidentes graves e catástrofes é fulcral para minimizar as vítimas pessoais, as perdas patrimoniais e salvaguardar a comunidade. K. Dotar a comunidade de uma cultura preventiva em proteção civil, trabalhada e incutida em contexto escolar, é condição decisiva para a criação de segurança comum, assente na construção da sustentabilidade ambiental e na resiliência da população. L. Dotar a comunidade de uma cultura preventiva em proteção civil, no contexto escolar, é importante para salvaguardar a segurança individual, negligenciando o seu impacto na comunidade. 17 Verifica as tuas respostas

Segurança em Proteção Civil no Meio Escolar vamos ler… Esclarecendo e preparando o cidadão para vida em comunidade, numa missão intemporal de relevância ímpar com reflexo direto na sociedade, a Escola abre as portas à integração e ao progresso, dando contributo decisivo na reorientação da conduta humana, na atualização dos saberes e na difusão de conhecimento em antecipação ao futuro. Levando em conta o risco presente nas decisões contraídas e nas ações que desenvolvemos, o esclarecimento e a formação do cidadão, com vista à tomada de consciência do contributo individual na construção do risco, adquire lugar de destaque na mudança das condutas privadas e públicas. Obstar e vencer a incipiente cultura preventiva de riscos e autoproteção, presente na sociedade, e combater o desconhecimento do cidadão sobre os deveres de cada um em matérias de proteção civil exige permanentemente a mobilização consciente de todos – Estado, instituições e cidadãos – no seio dos quais a Escola, os docentes e as atividades de ensino detêm inigualável função formativa. A segurança na Escola e no Agrupamento Escolar começa no momento da utilização de edifícios e equipamentos escolares, devendo constituir uma atitude constante e permanente preocupação nas rotinas dos seus utilizadores, visando garantir a promoção das necessárias condições de manutenção dos edifícios e equipamentos, conforto e bem-estar da comunidade educativa. No início de cada ano letivo, em tempos normalidade comum, quando as atividades no estabelecimento de ensino são retomadas e é reposta a estrutura organizativa da instituição, cabe ao órgão de gestão a responsabilidade da segurança da comunidade educativa em ambiente escolar, no decurso da exploração de instalações e equipamentos. Na estrutura orgânica da instituição de ensino, nas matérias relativas à segurança em proteção civil, a atribuição de responsabilidades partilhadas na comunidade educativa – direção, docentes, secretariado, auxiliares de educação, alunos, pais e encarregados de educação –releva o princípio de cooperação e o papel subsidiário 18

vamos ver e/ou ouvir… de cada elemento participante na vida da escola, atualizando e cumprindo as determinações constantes no respetivo Plano de Emergência e Segurança. A segurança na escola deverá estar omnipresente nas rotinas e nos procedimentos institucionais, nas atitudes e nos comportamentos individuais para que a instituição e o estabelecimento de ensino possam garantir o bem-estar de todos os elementos que integram a comunidade educativa. As atividades desenvolvidas na escola por todos os seus constituintes são exercícios constantes à reabilitação da prevenção e do conhecimento com que nos tornamos cidadãos conscientes do contributo individual na segurança de todos, para que cada um seja o primeiro a garantir a sua autoproteção, tendo permanentemente em vista reduzir os riscos e evitar situações de emergência no ambiente escolar e para além dele. Acede ao recurso educativo digital “Segurança em Proteção Civil no Meio Escolar” para veres ovídeoe/ou ouvires o podcast. Segurança em Proteção Civil no Meio Escolar 19

vamos perceber… 1 SELECIONA a opção correta. Segurança em Proteção Civil no Meio Escolar A. Na escola, a verificação das instalações e dos equipamentos de segurança é da responsabilidade... odo órgão de gestão. odos alunos. B. Em matéria de segurança em proteção civil, a atribuição de responsabilidades partilhadas na comunidade educativa inclui... odireção, docentes, alunos e encarregados de educação. odireção, docentes, técnicos administrativos, auxiliares de educação, alunos e encarregados de educação. odireção, docentes, técnicos administrativos, auxiliares de educação. C. Para cada um dos espaços que ocupas na escola e para garantir uma evacuação segura, em situação de emergência deves... oconsultar o plano de emergência. oconsultar as plantas de emergência e respetivos caminhos de evacuação. 20

2 ASSINALA os caminhos de evacuação corretos para te dirigires ao ponto de encontro, em caso de emergência. Segurança em Proteção Civil no Meio Escolar A E B F C G D H I J L k 21 Verifica as tuas respostas

Retomar a Cultura de Prevenção na Sala de Aula vamos ler… A qualidade da formação, nas competências que desenvolve e na preparação que proporciona aos seus beneficiários, em grande medida, está associada ao conhecimento refletido em cada um no momento das aprendizagens na abordagem dos conteúdos temáticos presentes nos currículos. Desde as idades mais precoces, enquanto crianças e jovens disponíveis e recetivos à aquisição de saberes referenciais e estruturantes do pensamento e da ação individual, urge despertar o aluno da subjetividade observativa, da análise comum e da negligência conceitual com que as sociedades se colocaram perante a realidade dinâmica do meio planetário. Na indispensabilidade do propósito de aprofundar e difundir na sociedade uma cultura de prevenção e segurança em proteção civil, a ação educativa dos docentes operada a partir da sala de aula – progressivamente cumprida no decurso da escolaridade obrigatória, em cerca de 12-15 anos de ensino –, constitui a chave de ampliação e consolidação do conhecimento, promovido no exercício educacional centrado no espaço escolar. No conjunto das aprendizagens essenciais ao cidadão e fundamentais ao processo de integração social, o entendimento da presença humana no ambiente planetário, o reconhecimento da interconetividade dos processos geodinâmicos e identificação de impactos, a gestão de riscos que as sociedades produzem e a que estão expostas, a superação de vulnerabilidades existentes no meio, a adoção de medidas de autoproteção, a capacitação de resposta ao acidente e em caso de catástrofe, o contributo individual na resiliência e no reforço da coesão social configuram domínios temáticos atualizados da maior relevância formativa, para o cidadão, enquanto aluno. O conhecimento que desvenda, no olhar da criança e do jovem, os riscos que a realidade física comporta no seu estaticismo aparente também o remete para a segurança individual e coletiva como direito fundamental do cidadão, operado em aprendizagens sucessivas no contexto escolar. 22

vamos ver e/ou ouvir… As atividades de educação para a prevenção do risco e a segurança em proteção civil, na sala de aula, no laboratório e na oficina, tendem a repercutir práticas e conceitos nos espaços escolares comuns, em processo de partilha de conhecimentos relativos aos conteúdos desvelados e trabalhados de modo interdisciplinar, progressivo, sequencial e articulado, alcançando efeitos diretos, na segurança da exploração de edifícios e instalações, e resultados consequentes nas famílias e na sociedade, por via da ação multiplicadora de crianças e jovens em exercício educativo. A responsabilidade cívica do cidadão e a necessidade de autoproteção, no subsídio à Redução do Risco de Desastres (RRD), exigem mudança de atitudes e comportamentos que advêm do conhecimento alcançado no decurso do processo formativo, no qual o singular contributo da atividade docente dá cumprimento a objetivos culturais e ao exercício de direitos básicos de cidadania. Acede ao recurso educativo digital “Retomar a Cultura de Prevenção na Sala de Aula” para veres ovídeoe/ou ouvires o podcast. Retomar a Cultura de Prevenção na Sala de Aula 23

Retomar a Cultura de Prevenção na Sala de Aula 1. Incêndio 2. Sismo 3. Vulcão 4. Tempestade 5. Tornado 6. Queda de blocos 7. Trovoada 8. Gelo na estrada 9. Avalanche 10. Onda de calor 11. Inundação 12. Vaga de frio 13. Tsunami 14. Seca 15. Deslizamento de Terras 1 ASSOCIAo número de cada palavra às imagens do fenómeno correspondente. 24

Retomar a Cultura de Prevenção na Sala de Aula 25

vamos perceber… 2 CLASSIFICA as afirmações como verdadeiras ou falsas. Retomar a Cultura de Prevenção na Sala de Aula A ação dos docentes na sala de aula não é relevante para a ampliação e consolidação do conhecimento na sociedade. A segurança individual e coletiva, trabalhada em contexto escolar, permite a sua ampliação na sociedade. As atividades de educação para a prevenção do risco e segurança em proteção civil que se treinam em sala de aula dificilmente têm efeitos diretos nas famílias e na comunidade. A responsabilidade cívica do cidadão em matéria de segurança e autoproteção exige mudança de atitudes e comportamentos e o conhecimento adquirido na escola tem um papel fundamental nessa mudança 26 Verifica as tuas respostas

Retomar a Cultura de Prevenção na Sala de Aula 3 REGISTAo que aprendeste e depois transfere para o teu telemóvel ou bloco de notas digital. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

A Proteção Civil na Educação vamos ler… Desenvolvida pelo Estado como atividade multissectorial de prevenção de riscos coletivos (acidentes graves, desastres e catástrofes), proteção e socorro de pessoas e bens em perigo, os propósitos da proteção civil e a eficácia da sua missão adquirem robustez na sociedade e consolidam o seu valor universal na responsabilidade compartilhada com o cidadão. No meio físico, continental e insular, em que as sociedades tomam assentamento, nos modos como o ocupam e se organizam, as únicas constantes que revertem para o cidadão como fatores imprevisíveis e condicionantes do seu bem-estar e da segurança comum são os dinamismos da evolução planetária, patentes nos impactos de acidentes e desastres naturais, e as incertezas induzidas pela ação humana. Na consciência dos cidadãos, na ponderação e na tomada de decisão individual, em todos os momentos e circunstâncias, reside a edificação de uma sociedade esclarecida e preparada para prever e evitar riscos, superar vulnerabilidades, adotar medidas de autoproteção e dispor de respostas adequadas em diferentes situações e contextos de acidente, desastre e catástrofe. A proteção civil, na sua dimensão preventiva, é um domínio do conhecimento da maior importância em todo o percurso de vida do cidadão, tal como a educação constitui a sua mais útil instância formativa na aquisição de valores, na promoção de saberes, no exercício de uma cidadania inclusiva, consciente dos seus deveres individuais e das responsabilidades comuns a todos. Onde quer que a vida seja desenvolvida no território nacional, na área administrativa do concelho ou da freguesia, a todo o tempo, as populações locais encontram-se sujeitas a riscos de causas diversas, consoante a origem do evento natural ou antrópico, com probabilidade de ocorrência mais ou menos frequente. Dar a conhecer, desde cedo, ao cidadão as condições dinâmicas e disruptivas de alteração do meio físico e social em que a vida comum ocorre, preparando a população para prevenir e evitar eventos adversos, constitui um contributo decisivo da educação no sucesso da missão e das atividades de proteção civil, nos vários patamares da administração do território, local, regional e nacional. 28

vamos ver e/ou ouvir… Com o propósito de envolver os cidadãos no esforço coletivo de Redução do Risco de Desastres (RRD), a educação e a Proteção Civil detêm função crucial, fazendo por evitar vítimas e danos por exposição a perigos existentes e acidentes e desastres escusados. Em matérias da esfera sectorial da proteção civil e do interesse primordial do cidadão, tecnicamente assumidas pelo Estado no aro da intervenção dos agentes, a amplitude universal e o papel sociocultural da educação tomam profundo sentido e atualidade voltada ao futuro, na difusão do conhecimento sobre prevenção de riscos e autoproteção, na capacitação coletiva de redução de vulnerabilidades e no reforço da resiliência das comunidades e da sociedade. Acede ao recurso educativo digital “A Proteção Civil na Educação” para veres ovídeoe/ou ouvires o podcast. A Proteção Civil na Educação 29

vamos perceber… 1 COMPLETA os espaços com a palavra correspondente. preventiva comuns cidadão inclusiva educação maior individuais A proteção civil na sua dimensão é um domínio do conhecimento da importância em todo o percurso de vida do . A par da promove valores e saberes, para uma cidadania , consciente dos seus deveres e das responsabilidades a todos. A Proteção Civil na Educação 30

vamos perceber… 2 SELECIONA as opções que demonstram a função da proteção civil ao nível da educação. o Fiscalizar e aplicar multas em caso de incumprimento de regras de segurança na escola. o Avaliar os alunos em matérias de prevenção. o Preparar a população para prevenir eventos adversos. o Atribuir classificação académica em matéria de segurança. o Preparar a população para evitar eventos adversos. o Contribuir decisivamente, na educação, para o sucesso da missão e das atividades de proteção civil. A Proteção Civil na Educação 31 Verifica as tuas respostas

3 REGISTAo que aprendeste e depois transfere para o teu telemóvel ou bloco de notas digital. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 A Proteção Civil na Educação

Glossário

112 – Número de emergência europeu para qualquer ocorrência que necessite de socorro de bombeiros ou da polícia, em casos de acidente, incêndio, roubo e/ou catástrofe. ACIDENTE – Acontecimento repentino que, por danos e perdas, atinge pessoas e outros seres vivos, os seus bens ou o ambiente. ALERTA – Comunicação de uma emergência por um cidadão a um órgão operacional do sistema de proteção civil. AMEAÇA – Presença de um fator físico de origem natural ou antrópica, que pode manifestar-se num tempo e/ou num espaço determinado, e põe em perigo o ser humano, as suas obras e o ambiente. AUTOPROTEÇÃO – Medidas individuais ou familiares, tendentes a prevenir ou a minimizar danos humanos, materiais ou ambientais, em caso de acidente, desastre e catástrofe. AVISO–É a comunicação de um órgão operacional do sistema de proteção civil que tem como destinatária a população afetada, ou suscetível de ser afetada por uma emergência. BENS – Todos os objetos úteis às pessoas, necessários à realização de determinados fins. (Ex: carro / habitação / dinheiro) CATÁSTROFE – Acidente grave ou a série de acidentes graves originado pela natureza ou pelo homem que causa elevados prejuízos às pessoas, aos seus bens e à natureza, podendo provocar vítimas, e que afeta de forma severa parte da população ou o país inteiro. CIDADÃO–Indivíduo ou pessoa, habitante de uma localidade, região ou país. CIVIL–Relativo e comum a todos os cidadãos de um país. COMUNIDADE – Conjunto de pessoas que formam a população de um lugar, freguesia ou concelho, ou a totalidade dos cidadãos de um país. DESASTRE – Perturbação do funcionamento de uma comunidade ou sociedade, resultante da ocorrência de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, causando perdas humanas, materiais, económicas e ambientais que excedem a capacidade da população de fazer frente à situação com seus próprios meios e recursos. 34

EMERGÊNCIA – Situação grave inesperada que coloca a vida e/ou os bens das pessoas em perigo e obriga a tomar medidas excecionais para salvar vidas e proteger bens. EVACUAÇÃO – Ato ou efeito de sair de um local, onde ocorreu ou haja risco de ocorrer um acidente ou catástrofe, para um local seguro. NATUREZA–Tudo quanto existe e não foi criado pelo homem. PATRIMÓNIO – Bem ou conjunto dos bens que representam aspetos da identidade de uma comunidade e de um país. (Ex: heranças do passado > castelos / igrejas / casas / pinturas / esculturas) PERIGO– Situação ou fenómeno que pode causar danos à saúde ou à vida de uma pessoa e/ou da comunidade e aos seus bens. PRECAUÇÃO– Cautela antecipada para evitar riscos e perigos com consequências desagradáveis para os cidadãos e seus bens. PREVENÇÃO – Medidas para evitar acidentes ou catástrofes e proteger dos seus efeitos as pessoas, bens, outros seres vivos e o ambiente. PROTECÇÃO– Ato de proteger, de preservar e de abrigar as pessoas, os bens, os animais e a natureza. PROTECÇÃO CIVIL – A atividade desenvolvida pelo Estado - Governo, regiões, comunidades intermunicipais, autarquias locais e cidadãos - para prevenir acidentes graves e catástrofes e atenuar os seus efeitos, para proteger e socorrer as pessoas, bens e outros seres vivos em perigo. RESILIÊNCIA – Capacidade de prevenir, reagir, superar e/ou recuperar de uma situação adversa extrema. RISCO – Possibilidade ou probabilidade de um perigo, de origem natural ou provocado pelo homem, resultar em acontecimento destrutivo na comunidade, com danos e perda de bens, pessoas feridas e vítimas mortais. SEGURANÇA – As condições necessárias a criar confiança, descontração e tranquilidade às pessoas quanto à sua proteção e dos seus bens. TECNOLOGIA – Conjunto dos instrumentos necessários ao trabalho em qualquer ofício ou atividade. VÍTIMAS–As pessoas atingidas pelos efeitos de um acidente ou de uma catástrofe. VULNERABILIDADE – Condição de suscetibilidade ou predisposição, relativa às pessoas, à sociedade, aos bens e à natureza, para não conseguir evitar danos e perdas em caso de exposição a acidentes e catástrofes. 35

Símbolo do Serviço Municipal de Proteção Símbolo do Sistema Nacional de Proteção Símbolo internacional da defesa e proteção 36

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