UM MARCO NA PREVENÇÃO - Caderno 3

Riscos e Autoproteção na Educação vamos ler… A integração humana na fisiologia do planeta – partilhando das interações processuais sistémicas de intensidade e magnitude diversa que constantemente são operadas em escalas temporais e espaciais variáveis, concebido pelo senso comum como propriedade global e exclusiva das nações, feito de ar, rocha e água à mercê da sorte de cada um– conduziu a civilização e as sociedades a um estádio generalizado de alheamento das dinâmicas naturais e de negligência para com a saúde desta excecional maternidade terrestre. Apesar de todos os progressos científicos e tecnológicos registados e do reconhecimento comum da proteção e segurança como necessidades sociais mais elementares, o conhecimento e a capacitação do cidadão em matérias de prevenção para o risco e segurança em proteção civil é generalizadamente omisso na comunidade e ausente nos currículos e manuais escolares. A sociedade tem deixado à subjetividade da atitude espontânea de cada um o padrão de comportamento que, no interesse da salvaguarda do cidadão e em proveito alargado da população, poderia ser referenciado por princípios de precaução e cooperação, pautado por condutas comuns de autoproteção. No entanto, da garantia de criação e manutenção de condições de segurança depende o bem-estar da comunidade e a satisfação dos seus elementos constitutivos. Essas circunstâncias decorrem da formação obtida, da informação partilhada e do esclarecimento presente no indivíduo e nas famílias. No atendimento a este propósito coletivo, a missão cultural estruturante da Educação no reforço da identidade e na valorização do grupo – abrindo a orientação individual à autorrealização para o desenvolvimento comum – reveste-se de um valor insubstituível, validando e difundindo conhecimento dos riscos que as sociedades enfrentam e preparando o cidadão como ser ciente e consciente do seu papel relacional no lugar e no mundo. 10

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