I &D | 2 5 a n o s d e E s t a t í s t i c a s o f i c i a i s em P o r t u g a l P á g . | 3 0 a) A instituição hospitalar continuaria a recolher a informação da forma que entendia como mais eficiente e de acordo com os seus procedimentos internos; b) A instituição hospitalar reduziria significativamente o esforço de resposta pois passaria a responder apenas a um questionário e não precisaria de enviar, anualmente, a lista atualizada de serviços hospitalares à entidade responsável pelo IPCTN nem de gerir todas as credenciais de acesso relativas a cada serviço; c) A instituição hospitalar deixaria de preencher e enviar informação em duplicado uma vez que em muitas situações um mesmo funcionário poderia efetuar atividades de investigação em vários serviços e ter de aí ser reportado; d) A instituição hospitalar passaria a ter um único responsável pelo preenchimento do inquérito, eliminando a necessidade da existência da figura do interlocutor, papel desempenhando habitualmente pelo Diretor Clínico, e concentrando numa única pessoa essa incumbência. Esta nova metodologia de recolha foi testada, de forma experimental, no IPCTN17, tendo a DGEEC, a entidade à data e atualmente responsável pelo IPCTN, selecionado um conjunto de instituições para o efeito que representavam diferentes instituições hospitalares, em termos de valências e hierarquia na rede hospitalar nacional (de Hospitais Centrais e Universitários a Hospitais Distritais). Os resultados foram bastante encorajadores e nas inquirições posteriores avançou-se com essa alteração para um conjunto mais alargado de instituições, sendo que, no IPCTN20, das 52 instituições hospitalares inquiridas 35 são-no desta forma (67%). Como ficou descrito, os últimos 25 anos têm sido pautados por alterações importantes na inquirição destas unidades. Estas são resultado da identificação das insuficiências registadas na aplicação de um modelo de inquirição a um conjunto de instituições que são singulares no universo de instituições potencialmente executoras de atividades de I&D. Mas também refletem a capacidade das várias entidades que têm sido responsáveis pela realização do IPCTN de responder às exigências próprias de um setor que tem registado um contexto de grandes mudanças, com o aparecimento de novos atores com diferentes objetivos, modelos organizacionais e pertenças institucionais e assumindo um papel crescente no desenvolvimento das atividades de investigação a nível nacional, nomeadamente pela valorização da investigação clínica e da investigação translacional. A transição de uma ótica de “serviço hospitalar” para “instituição hospitalar” iniciada no IPCTN 2017 tem sido alargada, abrangendo 2/3 das unidades inquiridas no IPCTN 2020.
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