Info DGEEC N.º 3

Info Boletim Informativo trimestral da DGEEC ©DGEEC | 2023 N.º 3 JULHO 2023

Dashboard Atividades de Enriquecimento Curricular Dashboard Educação em Números Observatório das Competências Digitais Observatório do Emprego Científico e Docente Observatório da Saúde Psicológica e do Bem-estar Provas Finais e Exames Nacionais | Principais Indicadores, 2022 Resultados Escolares: Sucesso e Equidade, 2018 a 2021 Análise das Classificações Internas nos Cursos CientíficoHumanísticos, 2018 a 2022 Investigação e Desenvolvimento (I&D): principais indicadores por região, 2017 a 2021 MAIO 2023 P. 8 IUTICAP e IUTICCM, 2022 Dotações Orçamentais para C&T e I&D, 2023 Atividades de Enriquecimento Curricular, 2022/2023 Transição entre o ensino secundário (2020/2021) e o ensino superior (2021/2022) Tempo letivo Anual Recomendado durante a Escolaridade Obrigatória na Europa, 2022/23 Estatísticas da Educação 2021/2022 Plano de Recuperação das Aprendizagens 21|23 Escola + : 4.º relatório de monitorização O Ensino da Informática nas Escolas da Europa Apoio Tutorial Específico - Ensino Secundário, 2021/2022 Plano de Recuperação das Aprendizagens 21|23 Escola + : 3.º relatório de monitorização Inquérito às Necessidades Especiais de Educação nos Estabelecimentos de Ensino Superior - 2022/2023 Painel de Avaliação da Mobilidade –Relatório sobre o Ensino Superior, 2022/2023 Inquérito ao Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior (RAIDES22) – 2022/2023 –Resultados 1.º Momento ABRIL 2023 Calendário de Publicações NESTA EDIÇÃO Educação Préescolar, Ensinos Básico e Secundário Ensino Superior Educ. Pré-escolar, Ensinos Básico, Sec., Pós-sec. e Superior Ciência e Tecnologia e Sociedade da Informação Ensino Superior e Ciência Estudos Rede Eurydice Inquéritos e Projetos a Decorrer Eventos e Comunicações Os Rostos da DGEEC Testemunhos Espaço Opinião P. 4 P. 9 P. 13 P. 22 P. 22 P. 27 P. 45 P. 47 P. 50 28 2 2 29 29 6 9 9 20 P. 8 P. 10 P. 28 P. 5 P. 18 P. 19 P. 6 P. 12 P. 30 P. 14 6 14 27 P. 11 P.23 P. 24 30 29 P. 17 P. 29 Em destaque P. 6 P. 7 P. 16 JUNHO 2023 2 24 7 P. 25 P. 21 P. 26 Secções Temáticas P. 31 P. 15 P. 34

DIREÇÃO-GERAL DE ESTATÍSTICAS DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Ministério da Educação Av. 24 de julho, n.º 134 1399-054 Lisboa, PORTUGAL Tel: +351 213 949 200 www.dgeec.mec.pt dgeec@dgeec.medu.pt comunicacao@dgeec.medu.pt Contactos Celine Mestre Info BOLETIM INFORMATIVO DA DGEEC Edição & Design N.º 3 Edição trimestral Nuno Neto Rodrigues Filomena Oliveira Direção NOTA DE ABERTURA Joaquim Santos, Carlos Malaca e Marco Pimenta Diretor de Serviços de Estatísticas da Educação (DSEE), Chefe de Divisão de Estatísticas do Ensino Superior (DEES) e Chefe de Divisão de Estatísticas do Ensino Básico e Secundário (DEEBS) “A Escola dá asas e faz voar” (Professor Eduardo Marçal Grilo) Numwebinar promovido pela Federação Nacional da Educação, o Professor Marçal Grilo referiu que “(…) uma das evidências da pandemia [COVID-19] foi que destapou a pobreza e as desigualdades", sublinhando o papel fundamental da escola "educando as pessoas e servindo de elevador social para os mais frágeis e mais desprotegidos. A escola dá asas e faz voar”. E a capacidade das asas que a escola desenha e dá, depende do conhecimento que a comunidade tem da forma como se organiza o seu sistema de ensino; dos saberes e competências que se desejam desenvolver nas nossas crianças e alunos; dos perfis que se pretendem adquiridos no final de cada nível de ensino; dos recursos materiais e humanos que existem, e da melhor forma de os afetar; do grau de inclusão que existem nas instituições de educação e formação, e nas melhores formas de o promover. Que cada um de nós, enquanto colaboradores da DGEEC ou de outros serviços dos nossos Ministérios, enquanto professores, funcionários, pais ou alunos, ou enquanto cidadãos, nos possamos relembrar do papel que podemos desempenhar na procura pelo melhor conhecimento sobre “a nossa educação”, para que bons objetivos, bons processos de monitorização e boas decisões de planeamento e gestão possam ser tomadas, a bem do nosso futuro comum. Por modesto que possa parecer, é o que esta publicação pretende mostrar – o papel da DGEEC no conhecimento e construção de um melhor sistema de educação e formação, que crie e sirva comunidades mais coesas e cidadãos mais realizados e felizes. Um forte abraço a todos os leitores.

Educação Pré-escolar, Ensinos Básico e Secundário

APOIO TUTORIAL ESPECÍFICO 2021/2022 5 O Apoio Tutorial Específico (ATE) é uma medida que visa diminuir as retençõese o abandono escolar precoce e, consequentemente, promover o sucesso educativo. Tem vindo a ser implementada nas escolas públicas da rede do Ministério da Educação (ME) desde o ano letivo 2016/2017, para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico que ao longo do seu percurso escolar acumulem duas ou mais retenções. No ano letivo 2020/2021, a medida foi estendida ao ensino secundário e aos alunos com retenção no ano letivo anterior, passando a integrar o Plano 21|23 Escola +. Aceda à Publicação • Em 2021/2022, dos 804 AE/ENA da rede pública do ME que oferecem modalidades de ensino para jovens de 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e/ou ensino secundário, 553 ofereciam ATE, o que se traduz numa percentagem de 66,1%. Esta percentagem sobe para 80,5% se apenas considerarmos os AE/ENA que afirmam ter alunos elegíveis para este apoio. Info N.º 3 Julho 2023 Desde 2016/2017, a DGEEC elaborou um questionário eletrónico de monitorização desta medida, aplicado a todos os agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas (AE/ENA) da rede pública do ME. Em maio deste ano foram disponibilizados os dados relativos ao ano letivo 2021/2022, através de dois documentos, um mais abrangente, com dados globais para os ensinos básico e secundário; e um segundo, exclusivamente dedicado ao apoio tutorial específico implementado a alunos de nível secundário. No seu conjunto, estes documentos permitem: • a obtenção de um retrato do conjunto dos alunos matriculados nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário, nas diferentes ofertas de educação e formação, para quem foi mobilizada esta medida; • o levantamento dos professores-tutores –afetos à implementação do ATE; • e o conhecimento sobre a formacomo está a ser efetivada a medida nas escolas, assim como o respetivo impactona assiduidade, comportamento e resultados escolares dos alunos para quem foi mobilizada. 66,1% 33,9% AE/ENA com 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e/ou ensino secundário (%) Com ATE Sem ATE 80,5% 19,5% AE/ENA com 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e/ou ensino secundário e alunos elegíveis (%) Com ATE Sem ATE • Restringindo ao ensino secundário, verifica-se que dos 516 AE/ENA que ministram modalidades de ensino de nível secundário orientadas para jovens, 66,5% ofereceu ATE aos seus alunos. • Mais de um terço dos professores-tutores são do sexo femininoe encontram-se na faixa etária dos 45 aos 54 anos (42,7%) se considerarmos todos os níveis de ensino, e na faixa dos 50 aos 59 anos de idade (40,3%) se considerarmos apenas os professores tutores que têm alunos de nível secundário nos seus grupos. • Em média, os professores tutores têm apenas 1 grupo de tutoria que integra 6 alunos. 66,5% 33,5% AE/ENA com ensino secundário (%) Com ATE Sem ATE Alunos com ATE Global Secundário 63% 55% Idade Média (anos) Rapazes 2.º CEB 3.º CEB Secundário 13 15 17 (69% 10.º ano) • Nas suas atividades como tutores, estes professores desenvolvem sobretudo estratégias que permitem aos alunos refletir sobre a sua vida escolar e profissional futuras, assim como, estabelecer objetivos e planificações das suas atividades escolares. • No ensino secundário, os tutores consideram que o ATE teve um forte impacto no comportamento e na assiduidade dos alunos. Já em relação aos resultados escolares consideram que o impacto foi maioritariamente moderado. • No ensino básico, o ATE também foi considerado como tendo um forte impacto na assiduidade dos alunos, mas relativamente ao comportamento e aos resultados escolares, o impacto foi considerado maioritariamente como moderado.

ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR 2022/2023 6 Aceda à Publicação Aceda ao Dashboard No passado mês de junho, a DGEEC publicou os resultados do questionário às Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), relativo ao ano letivo 2022/2023. Lisboa e Vale do Tejo 86,3% + Algarve 72,9% - • Os 22.207 técnicos envolvidos em AEC despendem, em média, 2,8 horas de trabalho semanal, e são contratados pela entidade promotora das AEC –os municípios –ou pelas entidades parceiras, na sua maioria associações de pais e encarregados de educação (31,7%) e IPSS (25,1%). Info N.º 3 Julho 2023 Alunos do 1.º Ciclo Inscritos em AEC, por Direção de Serviços Regional (%) O questionário eletrónico foi remetido a escolas da rede pública do Ministério da Educação, localizadas no Continente, que ministram o 1.º ciclo do ensino básico, por forma ser disponibilizada informação relativa a: ●alunos e estabelecimentos de ensino abrangidos pelas AEC, nos seus diversos domínios (aprendizagem da língua inglesa; aprendizagem de outras línguas estrangeiras; dimensão europeia na educação; domínio artístico; domínio científico; domínio desportivo; domínio tecnológico; ligação da escola com o meio; solidariedade e voluntariado); ●técnicos envolvidos na materialização das AEC; ●entidades parceiras das AEC; ●estabelecimentos de ensino que disponibilizam apoio à família e alunos abrangidos; ●entidades parceiras no apoio à família. Para além da habitual divulgação dos dados em formato xlsx e ods, este ano foi também disponibilizado, pela primeira vez, um dashboardem Power BI, com possível desagregação geográfica por Direção de Serviços Regional (DSR). • No ano letivo de 2022/2023, a generalidade das escolas da rede pública do Ministério da Educação, localizadas em Portugal Continental, que ministram o 1.º ciclo do ensino básico, implementaram AEC Os principais domínios das AEC frequentadas são: 99,2% 83,9% dos alunos estão inscritos em AEC Desportivo Artístico 82,6% 77,5% Associação cultural 13,5% Associação desportiva 5,6% Associações de pais 31,7% Autarquia 10,9% Empresa 5,6% Escola de música 2,3% Inst. educação e formação 3,3% IPSS 25,1% Outra 2,0% Entidades Parceiras das AEC

Alunos Docentes Não Docentes Estabelecimentos DASHBOARD EDUCAÇÃO EM NÚMEROS PORTUGAL A DGEEC atualizou com os dados do ano letivo 2021/2022, o Dashboard Educação em Números | Portugal em Power BI que contém informação acerca de Alunos, Recursos Humanos (Docentes e Não Docentes) e Estabelecimentos, relativos à Educação Pré-escolar e aos Ensinos Básico e Secundário. 7 Aceda ao Dashboard Através deste dashboard, o utilizador pode selecionar as categorias das diversas variáveis e assim efetuar os cruzamentos que lhe permitem obter a informação personalizada do seu interesse. A informação é suscetível de ser visualizada por: • Alunos: natureza e localização geográfica do estabelecimento onde se encontram matriculados (NUTS I, II, III e município), ano letivo, nível, ciclo, oferta de educação e formação, orientação, ano de escolaridade, sexo e idade; • Recursos Humanos: natureza e localização geográfica do estabelecimento onde exercem funções (NUTS I, II, III e município), ano letivo, nível/ciclo de docência (Docentes), grupo de recrutamento (Docentes), funções (Docentes), habilitações académicas, vínculo contratual (estabelecimentos públicos do Ministério da Educação), sexo e grupo etário; • Estabelecimentos: natureza, localização geográfica (NUTS I, II, III e município) e tipologia; Os dados têm o nível de desagregação geográfica máxima por município. As séries temporais apresentadas remontam a 2009/2010 no caso dos Alunos, a 2014/2015 no caso dos Recursos Humanos e a 2013/2014 no caso dos Estabelecimentos. Este dashboard, contempla assim a maior parte dos indicadores presentes nas Estatísticas da Educação, Regiões em Números, Perfil do Aluno e Perfil do Docente, em matéria da educação pré-escolar, ensinos básico e secundário, e permite todas as combinações possíveis de variáveis, constituindo-se por isso uma mais valia e uma inovação na forma de apresentação de informação estatística. Info N.º 3 Julho 2023 Outros indicadores tais como conclusões, taxas de transição/conclusão, taxas de retenção e desistência e taxas de escolarização, são também suscetíveis de desagregação por geografia e nível de ensino/ciclo de estudos, bem como por natureza e ano de escolaridade (três primeiros indicadores).

88% 53% 40% 74% 38% 55% 41% 57% n.a. 67% n.a. 52% 96% 50% 41% 76% 36% 57% 40% 54% 27% 68% 8% 44% 0% 25% 50% 75% 100% Escola a Ler Diário de Escritas Gestão do Ciclo Começar um Ciclo e/ou Promover o Sucesso Escolar - 1.º Ciclo e Novos Ciclos Turmas Dinâmicas Constituição de Equipas Educativas Avançar Recuperando Aprender Integrando Recuperar com Arte e Humanidades Capacitar para Avaliar O Quarto Período - Mochila Cultural Rastreios Visuais e Auditivos 2021/2022 2022/2023 PLANO DE RECUPERAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 21|23 Escola + (3.ª e 4.ª Fases) Com a pandemia do coronavírus SARS-COV-2, os sistemas educativos foram, a par de outros setores da sociedade, dos mais afetados. Neste sentido, o Governo aprovou o Plano 21|23 Escola +, que consiste num plano integrado para a recuperação das aprendizagens dos alunos dos ensinos básico e secundário (Resolução do Conselho de Ministros n.º 90/2021). Aceda aos Relatórios + informação PRA Os relatórios resultantes comparam a implementaçãodas diferentes ações específicas por ciclo e nível de ensino, número de turmas envolvidas e tempos suplementares utilizados. É também disponibilizada informação no que respeita à perceção de impactono processo de recuperação de aprendizagens de cada ação e sobre a respetiva posição relativa enquanto prioridade de implementação. O último relatório, integra um breve balanço sobre a evolução da implementação das ações específicas nos dois anos letivos de vigência do Plano. Este Plano incide em três eixos estruturantes de atuação: • Eixo 1. Ensinar e Aprender • Eixo 2. Apoiar as Comunidades Educativas • Eixo 3. Conhecer e Avaliar desenvolvendo-se em domínios de atuação, correspondentes a áreas de incidência prioritária, e em ações específicas, que constituem o portefólio de medidas propostas às comunidades educativas, por um lado, e os meios e recursos disponibilizados, por outro. No decorrer do ano letivo anterior (2021/2022), a DGEEC lançou um questionário às escolas públicas do Ministério da Educação(ME), com o objetivo de monitorizar as ações específicas mobilizadas, em cada agrupamento de escolas ou escola não agrupada (AE/ENA). De forma a não duplicar o esforço das escolas no reporte de dados para os serviços centrais do ME, foram apenas inquiridas as ações para as quais esses serviços não dispõem de informação administrativa. O questionário incidiu, então, sobre 13 ações específicas maioritariamente do Eixo 1. Adicionalmente foi também recolhida informação sobre a perceção da importância das ações no processo de recuperação das aprendizagens e sobre o grau de prioridade atribuído à sua implementação, tendo para o efeito sido adicionada às anteriores a ação 1.6.3. Planos de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário.” 8 Info N.º 3 Julho 2023 Ações específicas implementadas pelos AE/ENA –anos letivos 2021/2022 e 2022/2023 (%) 1.ª fase 2.ª fase 3.ª fase 4.ª fase Inquirição Divulgação relatório Abril 2023 Junho 2023 Junho 2022 Abril 2022 Janeiro 2023 Maio 2023 Maio 2022 Janeiro 2022 Ciclo Monitorização Plano 21|23 Escola + FIM

Ensino Superior

10 Aceda à Publicação INQUÉRITO ÀS NECESSIDADES ESPECIAIS DE EDUCAÇÃO NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR 2022/2023 Aplicado a 95 estabelecimentos de ensino superior (IES) e 283 unidades orgânicas (UO), teve como referência o ano letivo 2022/2023 para alunos inscritos e o de 2021/2022 para diplomados. O preenchimento foi efetuado na Plataforma NEEES da DGEEC. A recolha de dados decorreu entre 13 de fevereiro e 30 de março de 2023. Os dados recolhidos têm como finalidade a difusão de dados desta área temática da Educação e o cumprimento dos compromissos de reporte estatístico nacional. Info N.º 3 Julho 2023 O Inquérito às Necessidades Especiais de Educação nos Estabelecimentos de Ensino Superior –2022/2023 teve como principais objetivos o de recolher a informação sobre o número de inscritos e de diplomados com necessidades especiais de educação (NEE) em estabelecimentos de ensino superior, bem como o de caracterizar as condições que estes disponibilizam para apoio à população escolar. • Em 2022/2023, foram referenciados 3 753 alunos inscritos com NEE, em estabelecimentos de ensino superior, dos quais 88,7% no ensino público e 11,3% no ensino privado. • 70 estabelecimentos e 212 unidades orgânicas referiram ter os edifícios centrais dotados de condições de acessibilidade para pessoas com mobilidade condicionada. • Os espaços mais referenciados pelas IES como se encontrando adaptados foram as casas de banho (24,2%), as salas de aula (21,1%), os serviços académicos (18,9%), os bares/refeitórios e os serviços de ação social (ambos com 16,8%) e os auditórios/anfiteatros e as bibliotecas (ambos com 15,8%). % Docentes de carreira que realizaramo doutoramento na própria instituição, 2021/2022 2017/18 1 644 2018/19 1 978 2019/20 2 311 2020/21 2 582 2021/22 2 779 2022/23 3 753 • Os estabelecimentos de ensino superior reportaram 535 diplomados com NEE em 2021/2022, dos quais 83,2% no ensino público e 16,8% no ensino privado. 83% 17% Público Privado • Dos 95 estabelecimentos de ensino superior, 37 indicaram gerir, no total, 174 residências de estudantes, das quais 56,3% em edifícios adaptados, existindo 132 quartos adaptados com 161 camas. • 63% dos estabelecimentos de ensino superior e 62,2% das unidades orgânicas referiram ser servidos por transportes públicos adaptados. Distribuição dos diplomados com NEE, por natureza (%), 2021/2022 Espaços adaptados, 2022/2023 Evolução alunos inscritos com NEE no Ensino Superior

INSCRITOS NO ENSINO SUPERIOR RESULTADOS DO 1.º MOMENTO DO INQUÉRITO RAIDES22 11 Info N.º 3 Julho 2023 Aceda à Publicação Inscritos em estabelecimentos de Ensino Superior, 2022/2023 A publicação apresenta resultados do Inquérito ao Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior –1.º momento de inquirição. • Em 2022/2023 estavam inscritos no ensino superior 432 037 alunos no 1.º momento, mais 15 385 do que no ano letivo anterior de 2021/2022 e mais 83 058 face a 2016/2017. • No 1.º momento, encontravam-se inscritos em 2022/2023, na situação de mobilidade internacional de crédito 13 545 alunos (3,1% do total dos inscritos), o que vem confirmar a tendência de crescimento registada nos últimos anos e que foi interrompida em 2020/2021, por motivos da pandemia. 68% 62% 32% 38% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Privado Público Universitário Politécnico Inscritos no Ensino Superior 2 267 22 981 115 502 270 297 20 990 0 100 000 200 000 Outros cursos ou ciclos de estudos 3.º Ciclo 2.º Ciclo 1.º Ciclo Curso técnico superior profissional 22% 20% 16% 11% 10% 21% Total: 432 037 78% 56% 22% 44% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Privado Público Universitário Politécnico Inscritos em situação de Mobilidade de crédito 113 4 466 8 963 3 0 2500 5000 7500 10000 3.º Ciclo 2.º Ciclo 1.º Ciclo Curso técnico superior profissional 33% 20% 12% 12% 8% 15% Total: 13 545 Inscritos em situação de Mobilidade de grau 67% 67% 33% 33% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Privado Público Universitário Politécnico Total: 54 350 366 7 470 20 488 22 389 3 637 0 10 000 20 000 Outros cursos ou ciclos de estudos 3.º Ciclo 2.º Ciclo 1.º Ciclo Curso técnico superior profissional 26% 18% 15% 12% 10% 19%

TRANSIÇÃO ENTRE O ENSINO SECUNDÁRIO (2020/2021) E O ENSINO SUPERIOR (2021/2022) 12 Info N.º 3 Julho 2023 Aceda à Publicação A publicação Transição entre o ensino secundário (2020/2021) e o ensino superior (2021/2022) tem como objetivo apresentar os principais resultados da análise do percurso dos jovens que concluíram o ensino secundário no ano letivo de 2020/2021, em Cursos CientíficoHumanísticos (CCH), Cursos Profissionais (CP), Cursos com Planos Próprios (CPP) e Cursos Artísticos Especializados (CAE), em Portugal Continental, no ano letivo subsequente (2021/2022). • Na generalidade, verificou-se que 85% dos alunos que prosseguiram estudos numa Instituição de Ensino Superior (IES) concluíram o ensino secundário em CCH, 13% em CP e 2% noutros cursos (CPP ou CAE). São fontes de dados deste estudo as Estatísticas da Educação e o Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior (RAIDES). Os resultados são apresentados sob a forma de taxas de transição para o ensino superior, associadas aos diferentes grupos de alunos, desagregadas por oferta e área do curso frequentado no ensino secundário, localização da escola de origem (Distrito/Concelho) e tipo de situação no ano letivo subsequente (em curso conferente de grau; CTeSP - Curso Técnico Superior Profissional; Não encontrado a estudar). 85% 13% 2% CCH CP Outros • Dos alunos que concluíram o secundário em CCH, a sua maioria encontrava-se a estudar em cursos conferentes de grau superior (75%) e 2% em CTeSP. • Tantos os CPPcomo os CAEapresentam taxas semelhantes de transição para cursos conferentes de grau (63% e 66%, respetivamente), sendo que os primeiros apresentam uma taxa de transição para CTeSP de 6% e os segundos uma taxa de 1%. • Nos alunos que concluíram CP a taxa de transição para cursos conferentes de grau situa-se em 12%, apresentando, a mais alta taxa de transição para CTeSP (12%), quando comparada com a taxa das restantes ofertas de educação e formação de ensino secundário. 33% 63% 66% 82% 83% 0% 2% 2% 2% 1% 67% 35% 32% 16% 16% 0% 50% 100% P. E. Estrangeiros Línguas e Humanidades Artes Visuais Ciências e Tecnologias C. Socioeconómicas Estuda numa IES para grau superior Estuda numa IES em cursos TeSP Não encontrado a estudar em IES • De entre os alunos que concluíram CCH foram os alunos provenientes das áreas de Ciências Socioeconómicas e Ciências e Tecnologias que apresentaram maior prosseguimento de estudos em IES (84% e 83%, respetivamente), seguidas das áreas de Artes Visuais (68%), Línguas e Humanidades (65%) e Planos de Estudos Estrangeiros (33%). 60% 63% 12% 75% 1% 6% 12% 2% 38% 30% 76% 23% 0% 20% 40% 60% 80% 100% CAE CPP CP CCH Estuda numa IES para grau superior Estuda numa IES em cursos TeSP Não encontrado a estudar em IES

Educação Pré-escolar, Ensinos Básico, Secundário, Pós-secundário Não Superior e Superior

1 606 510 418 572 Público Privado ESTATÍSTICAS DA EDUCAÇÃO 2021/2022 14 Aceda à Publicação No passado mês de junho, foram divulgadas as Estatísticas oficiais da Educação, relativas ao letivo 2021/2022, incluindo dados sobre matrículas/inscrições, recursos humanos –pessoal docente e não docente –e estabelecimentos de ensino, na educação pré-escolar e nos ensinos básico, secundário, pós-secundário não superior e superior. Info N.º 3 Julho 2023 Desagregada por diferentes variáveis –nível de ensino, natureza e tipologia de estabelecimento, NUTS, sexo, situação profissional, entre outras –a publicação é disponibilizada sob diferentes formatos, incluindo processos de consulta personalizável de dados, para ir ao encontro de necessidades específicas de diferentes perfis de utilizador. 1 2 3 4 5 1. EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR–259 030 2. ENSINO BÁSICO–930 323 3. ENSINO SECUNDÁRIO–397 100 4. ENSINO PÓS-SECUNDÁRIO NÃO SUPERIOR–5 412 5. ENSINO SUPERIOR–433 217 50% MULHERES (1 013 005) 50% HOMENS (1 012 077) 3,1% TAXA DE RETENÇÃO E DESISTÊNCIA NO ENSINO BÁSICO 91,4% TAXA DE TRANSIÇÃO/CONCLUSÃO NO ENSINO SECUNDÁRIO JOVENS NO ENSINO SECUNDÁRIO CCH - CURSOS CIENTÍFICO-HUMANÍSTICOS(60,3%) CPP - CURSOS COM PLANOS PRÓPRIOS (0,9%) CAE - CURSOS ARTÍSTICOS ESPECIALIZADOS (0,8%) CP - CURSOS PROFISSIONAIS (32,8%) CA - CURSOS DE APRENDIZAGEM (5,0%) CEF –CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO(0,1%) CURSO TÉCNICO SUPERIOR PROFISSIONAL - 4,5% LICENCIATURA(1.º CICLO) - 61,9 % MESTRADO(2.º CICLO) - 27,2% DOUTORAMENTO(3.º CICLO) - 5,7% OUTROS –0,8% 206 504 DOCENTES PÚBLICO–171 528 124 025 47 503 10 808 433 217 INSCRITOS NO ENSINO SUPERIOR 8 487 ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICOS 5 728 PRIVADOS 2 759 Jardim de infância 2 880 Escola básica 4 339 Escola secundária 341 Escola básica e secundária 365 Escola artística 14 Escola profissional 260 Universitário 127 Politécnico 161 33,0% 32,1% 4,3% 6,1% 20,2% 2,1% 2,2% Percentagens relativas ao total de matriculados/inscritos MAIS DE 2 MILHÕES DE ALUNOS MATRICULADOS/INSCRITOS EMPORTUGAL CCH CPP CAE CP CA CEF 89 640 DIPLOMADOS 34 976 - PRIVADO 24 168 Infografia Estatística:

Ciência e Tecnologia e Sociedade da Informação

No âmbito do Observatório das Competências Digitais, a DGEEC tem vindo a adicionar novos indicadores de acordo com as classificações STEM (Science, Tecnology, Enginnering and Mathematics) e STEAM (Science, Tecnology, Enginnering, Arts and Mathematics). Considera-se que, a par com a categoria TIC, esta nova informação de acordo com STEM e STEAM irá complementar os indicadores disponibilizados, permitindo uma análise mais abrangente ao panorama das competências digitais. No último trimestre (abril a junho 2023), foram assim disponibilizados os seguintes indicadores: • DESPESA DE I&D EM STEM • DESPESA DE I&D EM STEAM • RECURSOS HUMANOS EM ATIVIDADES I&D EM STEM • RECURSOS HUMANOS EM ATIVIDADES I&D EM STEAM • PRODUÇÃO CIENTÍFICA INDEXADA NA WEB OF SCIENCE –PUBLICAÇÕES STEM • PRODUÇÃO CIENTÍFICA INDEXADA NA WEB OF SCIENCE –PUBLICAÇÕES STEM EM ACESSO ABERTO • PRODUÇÃO CIENTÍFICA INDEXADA NA WEB OF SCIENCE –TOP 10% MAIS CITADAS EM STEM 16 Info N.º 3 Julho 2023 RECURSOS HUMANOS EM ATIVIDADES I&D EM STEM RECURSOS HUMANOS EM ATIVIDADE DE I&D EM STEM, POR SEXO Despesa em I&D EM STEM OBSERVATÓRIO DAS COMPETÊNCIAS DIGITAIS • Em 2021, cerca de 73% da despesa nacional em I&D é executada em áreas STEM. No setor empresas, este valor atinge os 84% e no setor institucional representa cerca de 57%. • A nível nacional, em 2021, 69% dos recursos humanos em atividades de I&D pertenciam a áreas STEM. Sendo que este valor é bastante mais elevado no setor empresas do que no setor institucional, 86% versus 52%. • Analisando os recursos humanos em atividades de I&D em STEM por sexo, verifica-se que, em 2021, cerca de 65% são homens e 35% são mulheres. • A diferença entre sexo é mais acentuada quando se analisam os dados do setor empresas (72% homens vs 28% mulheres) e atenuada quando se trata do setor institucional (53% homens vs 47% mulheres). Evolução nacional (2012-2021) Evolução nacional (2012-2021) Evolução nacional (2012-2021) % das despesas % Recursos humanos (ETI) % Recursos humanos (ETI) • No que se refere às publicações científicas, verifica-se que, em 2021, quase 60% das publicações com pelo menos uma afiliação portuguesa são em áreas STEM, valor que se encontra ligeiramente acima da média da União Europeia (56%). Aceda à página do OCD PRODUÇÃO CIENTÍFICA INDEXADA NA WEB OF SCIENCE – PUBLICAÇÕES STEM % Publicações em STEM –Comparação Internacional (2012-2021) % Publicações Portugal UE Homens Mulheres Total nacional Setor Empresas Setor Institucional Total nacional Setor Empresas Setor Institucional

17 A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) apresentou nesta publicação os principais resultados sobre os recursos humanos e financeiros afetos a atividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D), por Regiões - NUTS II e NUTS III, apurados a partir do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN) de 2021. Disponibilizou-se ainda para os principais indicadores de I&D –total de despesa e de recursos humanos –informação relativa aos últimos cinco anos (2017-2021), para o total nacional e desagregada para o setor Empresas e para o setor Instituições. Despesa em I&D em % do PIB regional por NUTS III, 2017-2021 –TOTAL NACIONAL Aceda à Publicação • Ao nível das NUTS III, e para o período entre 2017 e 2021, todas as regiões apresentaram uma evolução positiva de despesa em I&D em percentagem do seu PIB regional, à exceção das regiões do Oeste e do Douro. • De destacar a evolução das regiões: do Ave (0,94% para 1,53%), do Cávado (1,63% para 2,14%), do Alto Tâmega (0,17% para 0,69%) e da A.M. do Porto (2,10% para 2,60%). • Ao nível das NUTS II, para o período entre 2017 e 2021, todas as regiões apresentaram uma evolução positiva no pessoal total em I&D. De destacar a evolução das regiões Norte (10,1 em 2017 para 14,1 indivíduos por mil ativos em 2021) e Centro (9,6 para 12,6). Info N.º 3 Julho 2023 Inclui indicadores por: • Setor de execução • Tipo de investigação • Domínio de I&D • Objetivo Socioeconómico Recursos Humanos em I&D Pessoal total em I&D em‰ da população ativa, por NUTS II, 2017-2021 – TOTAL NACIONAL • A despesa em I&D em 2021, da A.M. Porto e das Regiões de Aveiro e Coimbra ultrapassou os 2,5% do seu PIB regional. • A Região do Ave teve a maior evolução no que respeita à despesa em I&D em percentagem do seu PIB regional entre 2017 e 2021. • No setor Instituições, as mulheres em I&D (ETI) predominam em relação aos homens em todas as regiões NUTS II, exceto na R.A. Açores. Despesa em I&D 2017 2018 2019 2020 2021 2017 2018 2019 2020 2021 Inclui indicadores por: • Setor de execução • Função de I&D • Sexo Destaques IPCTN21: PRINCIPAIS INDICADORES DE I&D POR REGIÃO 2017-2021

IUTIC 2022 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Apresentação dos sumários estatísticos, com formato renovado, referente aos dados mais recentes dos Inquéritos à Utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (IUTIC) na Administração Pública: Central, Regional e Câmaras Municipais. O IUTICAPe o IUTICCMsão dois inquéritos censitários e integrados no Sistema Estatístico Nacional (SEN) que visam contribuir para a criação de um sistema estatístico consistente e harmonizado relativo à Sociedade da Informação. Os módulos que se refletem nos sumários estatísticos incluem indicadores sobre: •Infraestrutura Tecnológica •Utilização das TIC •Comércio Eletrónico •Big Data •Computação em Nuvem •Transformação Digital •Inteligência Artificial (IA) •Cibersegurança •Internet das Coisas (IoT) •TIC e o Ambiente •Recursos Humanos e Despesa TIC Aceda às Publicações 18 Alguns destaques de 2022 • A aquisição de serviços de Computação em Nuvem foi maioritariamente efetuada pelas Câmaras Municipais (52%) e pelos Organismos da Administração Central (45%). • O tipo de serviço de computação em nuvem mais contratado foi o SaaS (Software as a Service), apresentando valores acima dos 70% em todos os Organismos da Administração Pública. • A Chave Móvel Digital (CMD) foi disponibilizada por 79% dos Organismos da R.A. Açores, 72% das Câmaras Municipais, 55% dos Organismos da Administração Central e 62% dos Organismos da R.A. Madeira, entre as entidades que disponibilizaram serviços de identificação eletrónica. • As Câmaras Municipais foram as que mais disponibilizaram aplicações móveis ao utente (57%), destacando-se largamente dos restantes Organismos. Info N.º 3 Julho 2023 •63% dos Organismos da Administração Central, 60% das Câmaras Municipais, 59% dos Organismos da R.A. Açores e 38% dos Organismos da R.A. Madeira indicaram ter definida uma estratégia para a segurança de informação. •Mais de 70% dos Organismos da Administração Pública conservaram registos para análise depois da ocorrência de incidentes de segurança. •26% das Câmaras Municipais, 21% dos Organismos da Administração Central, 13% dos Organismos da R.A. Açores e 5% dos Organismos da R.A. Madeira indicaram ter utilizado tecnologias de Inteligência Artificial (IA) em 2022. •Os sistemas comerciais ou software prontos a utilizar foram as tecnologias de IA mais adquiridas. •As Câmaras Municipais foram as que mais utilizaram a Internet das Coisas (IoT) (45%), destacando-se largamente das restantes. Seguiram-se os Organismos da Administração Central (25%) e os da R.A. da Madeira e dos Açores (10% e 7%, respetivamente). •A grande maioria dos Organismos da Administração Pública utilizaram a IoT para efeitos de segurança das instalações (Câmaras Municipais, Administração Central e R.A. Açores, mais de 70%, R.A. Madeira, 67%). •Mais de 80% dos Organismos da Administração Central e das Câmaras Municipais aplicaram medidas para reduzir a quantidade de papel usado para impressão e cópia. •O impacto ambiental na escolha dos serviços e do equipamento TIC é ainda pouco considerado pelas Câmaras Municipais e Administração Regional, que apresentam valores inferiores a 45%.

19 Info N.º 3 Julho 2023 DOTAÇÕES ORÇAMENTAIS PARA C&T E I&D 2023 O Orçamento de Ciência e Tecnologia (C&T) é um instrumento de planeamento e gestão da política científica nacional que visa obter informação sobre o esforço de financiamento público nacional em atividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) e responder a compromissos de Portugal para com organismos internacionais, nomeadamente o EUROSTAT e a OCDE. Aceda à Publicação Dotações Orçamentais para I&D (2003 - 2023), em percentagem do Orçamento do Estado Dotações Orçamentais para I&D (2003-2023) - Preços correntes Em junho, foram divulgadas as dotações orçamentais para C&T e I&D referente a 2023 e a evoluçãodas dotações orçamentais de I&D para a série temporal 2003 a 2023. Pela primeira vez, esta publicação é disponibilizada no 1º semestre do ano a que se referem os dados mais atualizados. Os dados divulgados têm como base os montantes provenientes do Orçamento do Estado (OE) inicial proposto –Receitas de impostos (orçamento de atividades) e outros Fundos nacionais (orçamento dos projetos). Para uma informação mais completa, disponibilizamse também dados que, além dos fundos nacionais do OE, incluem as dotações orçamentais provenientes de fundos comunitários (orçamento dos projetos) e montantes previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Milhões de Euros Dotações para I&D (Fundos Nacionais + Fundos Comunitários) Dotações para I&D (Fundos Nacionais) Percentagem Dotações para I&D (Fundos Nacionais + Fundos Comunitários) Dotações para I&D (Fundos Nacionais) 1,31% 1,61% 1,43% 1,72% 1,58% 0,94% 1,01% 0,79% 0,84% 0,71% 0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 866 1 303 1 213 1 530 1 792 623 816 675 745 802 0 200 400 600 800 1 000 1 200 1 400 1 600 1 800 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Ensino Superior e Ciência

OBSERVATÓRIO DO EMPREGO CIENTÍFICO E DOCENTE 21 Info N.º 3 Julho 2023 Aceda à Lista Aceda ao OECD O Observatório do Emprego Científico e Docente (OECD), criado pelo Decreto-Lei n.º 156/2019 de 22 de outubro, é um Registo Público Nominativo, em permanente atualização, que lista todos os contratos com doutorados envolvidos em atividades de investigação (I&D) ou de gestão e comunicação de ciência e tecnologia, bem como os contratos com outros trabalhadores integrados em qualquer categoria da carreira de investigação científica, celebrados com as instituições abrangidas pelo OECD. No caso das instituições de Ensino Superior, abrange ainda os contratos celebrados com docentes e com pessoal em cargos de gestão. As fontes de informação do OECD são: • a Plataforma de Novos Contratos, onde são registados todos os contratos de emprego científico e docente celebrados no ano em curso, tendo as instituições abrangidas pelo referido Diploma até 30 dias para os registar após a sua entrada em vigor; • o Inquérito ao Emprego no Ensino Superior Público - IEESP, o Inquérito ao Emprego Científico e Docente no Ensino Superior –IECDES (Ensino Superior Público Militar e Policial e Ensino Superior Privado) e o Inquérito ao Emprego Científico –IEC (instituições de I&D), que recolhem informação relativa a contratos com datas de início anteriores ao ano em curso. Importa referir que estes inquéritos são anuais e a sua informação complementa e contribui para a atualização do Registo Público Nominativo. Foi entretanto publicada a lista definitiva de docentes no âmbito da recolha de dados administrativa IEESP 22 e IECDES 22, que foi dirigida a todos os estabelecimentos de ensino superior, com referência ao ano civil 2022. Uma atividade realizada pela DGEEC em articulação com a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) em 2023.

Estudos

PROVAS FINAIS E EXAMES NACIONAIS PRINCIPAIS INDICADORES 2022 A DGEEC apresenta alguns dos principais indicadores estatísticos sobre resultados escolares obtidos nas provas finais e exames nacionais realizados nas escolas portuguesas em 2022. Este ano, além de divulgar os resultados dos alunos dos cursos científico-humanísticos do ensino secundário nos exames nacionais, o relatório retoma a apresentação dos resultados dos alunos do 3.º ciclo do ensino básico nas provas finais de 9.º ano. O cálculo dos diversos indicadores apresentados no relatório foi realizado pela DGEEC a partir das bases de dados da 1.ª fase do Júri Nacional de Exames (JNE) e dos dados reportados pelas escolas de Portugal Continental ao sistema de informação do Ministério da Educação. A informação estatística com desagregação por escola, por agrupamento de escolas, por município, por distrito e por NUTS, está disponível no Portal InfoEscolas. 23 Aceda ao Estudo Info N.º 3 Julho 2023 3,1 3,0 3,0 3,4 3,1 2,9 2,7 2,6 2,9 2,6 3,0 2,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 2015 2016 2017 2018 2019 2022 Português Matemática Classificação média nacional (escala 1-5) nas provas do 3.º ciclo, 2015 –2022 Principais resultados ensino básico geral e/ou artístico especializado –9.º ano Principais resultados ensino secundário –cursos científico-humanísticos Classificação média nacional (escala 0-20) nos exames nacionais, por disciplina, 2022* História A 12,5 + Matemática Aplicada às Ciências Sociais 10,7 - *Disciplinas com mais de 5 000 alunos a exame 2,5 Matemática 2,9 Português Classificaçãomédia nacional (escala 1-5) nas provas do 3.º Ciclo - 2022 93 738 alunos | 183 611provas (1.ª fase) Raparigas > Rapazes 2,6 2,5 Raparigas > Rapazes 3,0 2,7 Sem escalão > Escalão B > Escalão A 2,7 2,3 2,0 Sem escalão > Escalão B > Escalão A 3,0 2,7 2,5 Sexo Ação Social Escolar (ASE) 109 151 alunos | 148 584 provas (1.ª fase) 1,4 provas por aluno 2021 2022 - 2% alunos | - 2,4% provas ▪As classificações médias na maioria das disciplinas variaram entre os 11 e os 12 valores (numa escala de 0 a 20). ▪Face a 2021, verificou-se em 2022 umdecréscimo das classificações médias na generalidade das disciplinas, como por exemplo nas disciplinas de Geometria Descritiva A (- 1,6 valores), Português (-1,2 valores), Filosofia e Biologia e Geologia (ambas -1,1 valores); e um aumento das classificações médias nas disciplinas de Física e Química A (+1,6 valores), Matemática A (+1,2 valores) e Geografia A (+0,9 valores).

RESULTADOS ESCOLARES: SUCESSO E EQUIDADE 2018 a 2021 Com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre a equidade no sistema educativo português, através da análise dos resultados escolares dos alunos, a DGEEC desenvolveu um indicador de equidade. Os resultados de 2022 são apresentados neste relatório. O indicador de equidade compara os resultados escolares dos alunos abrangidos pelo programa de Ação Social Escolar (alunos ASE) de um determinado agrupamento de escolas ou território, com a média nacional dos resultados de alunos com perfil semelhante e em escolas do país com um contexto socioeconómico semelhante. Ou seja, avalia se essa unidade (escola ou território) tem resultados superiores, inferiores ou em linha com os resultados nacionais, no seu trabalho com os alunos em condições socioeconómicas mais vulneráveis. O indicador conclusão no tempo esperado permite acompanhar o trajeto de cada aluno ao longo de todo o ciclo e conceber o sucesso não como mera classificação positiva e aprovação no final de um ano de escolaridade, mas sim em termos de conclusão do respetivo ciclo/ nível de ensino com êxito e no tempo esperado, ou seja, sem qualquer retenção ou desistência durante o seu percurso. Nesta publicação foram analisadas várias coortes de alunos que concluíram o respetivo ciclo/ nível de ensino entre 2017/18 e 2020/21. • Quando nos centramos na conclusão no tempo esperado dos alunos abrangidos pelo programa de Ação Social Escolar (ASE) verificamos que os valores são mais baixos. • Contudo, a diferença percentual face ao total dos alunos tende a reduzir-se, nos últimos anos, em todos os ciclos/ níveis de ensino, demonstrando uma tendência geral, muito importante na perspetiva da equidade, de cada vez maior aproximação dos valores dos alunos na conclusão no tempo esperado dos seus níveis/ciclos de ensino face ao total de alunos, por exemplo no 1.º e 3.º ciclos do ensino básico esta aproximação entre 2018 e 2021, foi de 4.4 p.p. (pontos percentuais) e no 2.º ciclo foi de 3 p.p. 24 Aceda ao Estudo Info N.º 3 Julho 2023 Conclusões no tempo esperado dos alunos abrangidos pelo programa ASE, por ciclo de estudos/ nível de ensino, 2018 a 2021 • A conclusão de cada ciclo/ nível de ensino no tempo esperado apresenta uma evolução muito positiva nos últimos anos especialmente até ao 3.º Ciclo do ensino básico. • No ensino secundárioainda existe margem para progressão, tanto nos cursos científicohumanísticos como nos cursos profissionais, pois mais de um quinto dos alunos não conseguiu concluir o ensino secundário nos três anos previstos. • No ensino básico o2.º Ciclo surge como aquele com resultados mais elevados de conclusão, sempre acima dos 90%. Porém importa recordar que se trata do ciclo mais curto (2 anos). Conclusões no tempo esperado, segundo o ciclo de estudos/ nível de ensino, 2018 a 2021 • Destaca-se ainda a subida observada nos cursos profissionais que, para além da aproximação aos valores verificados para o total dos alunos desta oferta de educação e formação (2 p.p.), registaram, nos dois últimos anos valores semelhantes aos cursos científicohumanísticos.

14,1 14,1 14,4 14,9 14,9 13,8 13,9 14,3 14,5 14,5 16,8 16,8 16,9 17,1 16,9 14,5 14,5 14,8 15,1 15,0 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21 2021/22 Disciplinas Trienais Disciplinas Bienais Disciplinas Anuais Total CLASSIFICAÇÕES INTERNAS CCH Análise das classificações internas nos cursos científicohumanísticos em estabelecimentos públicos e privados de Portugal Continental, 2017/2018 - 2021/2022 Este relatório constitui a atualização do estudo publicado pela DGEEC no passado mês de janeiro, em que se analisaram as classificações finais obtidas nas diferentes disciplinas dos alunos dos cursos científico-humanísticos (CCH) do ensino secundário, no período entre 2017/18 e 2020/21. Os dados do atual relatório atualizam a série com a informação relativa a 2021/222. A fonte dos dados utilizados foi, para os alunos das escolas públicas, os dados reportados pelas escolas através dos sistemas de informação do Ministério de Educação, nomeadamente a MISI e o E360, e para os alunos das escolas privadas, na ausência desta informação nos mesmos sistemas de informação, a versão alargada da base de dados proveniente do Programa Informático dos Exames Nacionais do Ensino Secundário (ENES), compilada pelo Júri Nacional de Exames (JNE). 25 Aceda ao Estudo Média das classificações internas por tipo de disciplina nas escolas privadas, 2017/2018 –2021/2022 • Nas escolas privadas, nos últimos cinco anos letivos, a médiatotal das classificações internas não ultrapassou os 17 valores. A moda das classificações foi de 19 valores nos últimos dois anos letivos. Info N.º 3 Julho 2023 Média das classificações internas por tipo de disciplina nas escolas públicas, 2017/2018 –2021/2022 • Nos últimos cinco anos letivos, a médiatotal das classificações internas das escolas públicas analisadas situou-se em cerca de 15 valores. A modadas classificações foi 17 valores nos últimos dois anos letivos analisados. Disciplinas bienais Média 14,2 valores Disciplinas trienais Média 14,5 valores Disciplinas anuais (opcionais de 12.º ano, não sujeitas a exame) Média 17 valores Disciplinas bienais Média 16 valores Disciplinas trienais Média 16 valores Disciplinas anuais (opcionais de 12.º ano, não sujeitas a exame) Média 18 valores Disciplinas com moda de 20 valores nas escolas públicas e privadas, 2017/18 –2021/22 (N.º) •4 disciplinas anuais Escolas Públicas •11 disciplinas anuais + 1 bienal Escolas Privadas Aplicações Informáticas B Biologia Química Física Economia C Educação Física Desenho A Inglês Espanhol Geometria Descritiva A *Disciplinas com classificação interna mais elevada, por tipo de disciplina * * * 15,8 15,8 16,1 16,6 16,7 15,6 15,8 16,0 16,1 16,4 18,1 18,2 18,4 18,5 18,4 16,3 16,4 16,6 16,8 17,0 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21 2021/22 Disciplinas Trienais Disciplinas Bienais Disciplinas Anuais Total Aplicações Informáticas B Inglês Química Psicologia B Biologia Física Economia C Educação Física Desenho A Inglês Espanhol Geometria Descritiva A *Disciplinas com classificação interna mais elevada, por tipo de disciplina Escolas com 30% ou mais de alunos com classificações internas entre os 19-20 valores a pelo menos uma disciplina, em pelo menos dois dos cinco anos letivos 2017/18 –2021/22 (N.º) •4 escolas (de cerca de 470) Escolas Públicas •41 escolas (de cerca de 100) Escolas Privadas

Fatores psicológicos e competências associadas aos sintomas psicológicos em adolescentes no pós-pandemia: diferenças de género e escolaridade Modelo quadripartido das relações entre a satisfação com a vida e o mal-estar psicológico: potencial impacto nas políticas públicas Insatisfeitos com a vida ou em risco de depressão? Um estudo com adolescentes do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário Bem-estar e satisfação com a vida entre os professores: situação dos professores portugueses Adaptação psicológica à pandemia de Covid-19 em professores portugueses: o papel dos fatores psicológicos e contextuais na perceção de alterações na vida diária A relação entre o apoio da direção da escola e o bem-estar psicológico dos professores: O efeitomediador do ambiente escolar. Evidências de um estudo nacional no contexto do apoio governamental pós-pandemia, dirigido à promoção da saúde mental nas escolas Preditores do comportamento prossocial nas crianças inscritas na educação préescolar e nos alunos matriculados no 1.º ciclo do ensino básico: o papel do contexto regional num estudo nacional no contexto pós-pandémico O papel do contexto regional no desempenho académico das crianças inscritas na educação pré-escolar e dos alunos matriculados no 1.º ciclo do ensino básico Estilo de vida saudável na saúde mental das crianças e adolescentes: o cumprimento das recomendações 24 horas do movimento nos sintomas de depressão, ansiedade e stresse Satisfação com a vida dos alunos: influência de variáveis pessoais e contextuais, com foco no ecossistema escolar Perceção da satisfação, qualidade de vida percebida e competências socioemocionais dos alunos nas escolas portuguesas Adaptação psicológica à pandemia de Covid-19 em alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário: o papel dos fatores psicológicos e contextuais na perceção de alterações na vida diária OBSERVATÓRIO DA SAÚDE PSICOLÓGICA E DO BEM-ESTAR NAS ESCOLAS No âmbito do Observatório da Saúde Psicológica e do Bem-estar nas Escolas, a DGEEC elaborou e divulgou um e-book num formato digital e inovador, que integra um conjunto de estudos e de análises desenvolvidas a partir dos dados recolhidos no “Observatório Escolar: Monitorização e Ação | Saúde Psicológica e Bem-estar”. Paralelamente foram divulgados o Relatório complementar com estudos de caso e o Relatório de Consulta às escolas com um estudo simultaneamente quantitativo e qualitativo. 26 Aceda ao E-book Aceda aos Relatórios E-book - Estudos aprofundados Info N.º 3 Julho 2023 • O género (feminino) está associado a um maior comportamento prossocial. • O cumprimento de duas das três recomendações de atividade física, sono ou tempo de ecrã está positivamente relacionado com menos sintomas psicológicos. • Os jovens que referem uma perceção de agravamento da sua vida pela pandemia, relataram despender um maior número de horas nos ecrãs. • O género masculino associa-se a maior índice de bullying, e o feminino, a maior ansiedade com os testes. • Os grupos em maior risco de não conseguir progredir num desenvolvimento positivo e saudável são o das raparigas e o dos adolescentes mais velhos. • O aumento da idade associa-se a uma diminuição de satisfação com a vida, bem como a um aumento de perturbação psicológica. • Para um estado de bem-estar psicológico completo, são importantes a dimensão da satisfação com a vida e a dimensão da ausência de sintomas de mal-estar psicológico. • A percentagem de adolescentes em risco de depressão é um resultado que deve ser visto com alguma preocupação. • O bem-estar psicológico e a saúde mental dos professores estão relacionados com o ambiente escolar. A comunicação e o apoio por parte de colegas e da estrutura da organização, assumem a maior importância. E-book - Resultados-Chave Crianças da Educação Pré-escolar e Alunos do 1.º Ciclo do ensino básico Alunos dos 2.º e 3.º Ciclos e do Ensino secundário Professores • O risco de mal-estar parece maior para os professores do género feminino com mais idade e com mais anos de serviço. • Os professores com uma perceção de maior impacto da pandemia de Covid-19, caraterizaram-se por níveis mais elevados de sintomatologia depressiva. Relatórios

RkJQdWJsaXNoZXIy MTg0MjEzNg==