UM MARCO NA PREVENÇÃO

A Consciência dos Riscos e a Proteção Civil vamos ler… Enquanto as sociedades humanas progridem, expandindo a sua influência sobre a Terra – aprofundando o seu alcance tecnológico e desenvolvendo o seu potencial transformador, alterando ecossistemas e modificando paisagens –, nos últimos 70 anos o planeta parece ter aumentado a frequência e a intensidade das suas dinâmicas, revelando uma face mais instável, intempestiva e violenta. A crescente ampliação das sociedades, sobrepondo o seu assentamento em áreas naturais de risco e investindo em domínios tecnológicos e experimentais suscetíveis ao erro e à sua eclosão sem controlo, resultou na multiplicação de novos perigos e ameaças provenientes de eventos extremos de ordem natural, tecnológica e biológica. Embora os acidentes, desastres e catástrofes, sempre tenham estado na interface Terra-Homem e façam parte da história das civilizações, globalmente, o crescimento dos fatores de risco contribuíram para alargar a exposição e aumentar a vulnerabilidade das populações aos seus efeitos adversos, mais ou menos perturbadores, e fora de qualquer controlo. A condição dinâmica do planeta e o desenvolvimento das atividades e ações humanas potenciam forças e conjugações imprevisíveis, onde ninguém pode pensar que está a salvo dos seus efeitos descontrolados, tenham causa próxima ou mais distante. Em todas as latitudes, acidentes e desastres com origem em episódios de natureza geológica súbitos e decorrentes de atividades desenvolvidas pelo homem, em determinados momentos críticos, manifestam os seus modos desestruturantes, tomando proporções catastróficas nunca imaginadas. As diferentes origens, intensidades e amplitudes que as ocorrências podem configurar, influenciando qualquer território continental, país ou região mais ou menos vasta, são diretamente repercutidas nas sociedades, nos cidadãos e no ambiente. 74

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