Saúde psicológica e bem-estar 2024 | OSPBE/DGEEC 41 agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas participantes no primeiro estudo, selecionadas por NUTS II. Os resultados confirmaram o panorama identificado no primeiro estudo e concluíram que existe uma necessidade premente de intervenções mais direcionadas e fundamentadas em evidências, capazes de responder aos desafios enfrentados pelo ecossistema escolar, nomeadamente: o reforço de parcerias entre a escola e a comunidade; a implementação de estratégias de intervenção precoce; o fomento das relações entre professores e alunos; a capacitação parental; a integração da aprendizagem socioemocional no currículo; a criação de ambientes de aprendizagem favoráveis; e a manutenção de um sistema de monitorização a nível nacional (Matos et al., 2023b). Um terceiro estudo foi realizado com 60 agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas, tendo como principal objetivo a identificação, antecipação, sinalização e recomendação de ações. Os resultados permitiram concluir que, embora todos os elementos do ecossistema escolar atribuam importância à saúde psicológica e bem-estar, verificam-se níveis inferiores de conhecimentos, preocupações e ações desenvolvidas para a intervenção neste âmbito. Os psicólogos são percebidos como os atores que atribuem maior importância, possuem mais conhecimentos e preocupações, e desenvolvem mais ações no âmbito da saúde psicológica. Em contrapartida, os alunos e os encarregados de educação são percebidos como aqueles que menos atribuem importância, menos conhecimentos e preocupações têm, e menos ações desenvolvem no contexto da saúde psicológica e bem-estar. Com base nestes resultados, as recomendações centraram-se na promoção de ações formativas nesta área e numa maior articulação entre as instituições de ensino e os serviços de saúde (Matos et al., 2023c).
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