Glossário 25 de Abril

MFA Movimento das Forças Armadas. Grupo de militares portugueses que lideraram o golpe militar de 25 de abril de 1974, com o objetivo de derrubar o regime do Estado Novo e restaurar a democracia em Portugal. O “Movimento dos Capitães”, criado em 1973, é o precursor do “Movimento das Forças Armadas”. O primeiro surgiu com o objetivo de defender os interesses dos capitães face às disposições do Decreto-Lei n.º 353/73 (questões profissionais), mas evoluiu, alargando a sua base de apoio à medida que as reuniões clandestinas avançavam. A questão do fim da guerra colonial foi ganhando cada vez mais peso. O Movimento considerava que a guerra só terminaria com a queda do Governo e a adesão de elementos de outras forças armadas tornou a sua força mais abrangente. Em março de 1974, o "Movimento dos Capitães" passou a designar-se “Movimento das Forças Armadas” (MFA), foram aprovadas as suas bases programáticas e distribuídas pelos quartéis no documento "O Movimento, as Forças Armadas e a Nação". Iniciaram-se os contactos com os partidos e movimentos oposicionistas, num processo que viria a resultar no golpe militar operacionalizado pelo MFA e que se transformou na revolução de 25 de abril de 1974 que derrubou o regime ditatorial. O seu programa político foi instituído como Lei Fundamental do país até à promulgação da Constituição de 1976. “Cerco ao Quartel do Carmo” Movimentos de Libertação Nome atribuído de forma genérica às organizações (movimentos e partidos) que lideraram os processos de luta política e, mais tarde, armada pelo direito à autodeterminação e independência dos territórios coloniais portugueses. Embora tivessem sofrido mudanças, com cisões e fusões desde a sua origem, no ano da revolução de abril (1974), os mais significativos eram: na Guiné, o Partido para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), liderado por Amílcar Cabral, até 1973, ano da sua morte e substituição pelo irmão Luís Cabral; em Angola, a Frente de Libertação Nacional de Angola (FNLA), chefiada por Holden Roberto; o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), liderado por Agostinho Neto e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), liderada por Jonas Savimbi; em Moçambique, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), liderada por Eduardo Mondlane e depois por Samora Machel. saber mais… 32

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