JSN Junta de Salvação Nacional. Após a revolução de 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA) nomeou a Junta de Salvação Nacional (JSN) para governar Portugal, cumprindo o seu programa, até à formação de um governo provisório (15 de maio de 1974). Sob a presidência do General António de Spínola, a Junta integrava os oficiais: Costa Gomes e Silvério Marques, do Exército; Pinheiro de Azevedo e Rosa Coutinho, da Armada; Galvão de Melo e Diogo Neto, da Força Aérea, em representação dos vários ramos das Forças Armadas portuguesas. A JSN procedeu de imediato à implementação de várias medidas com destaque para a extinção das instituições do Estado Novo (Assembleia Nacional, Câmara Corporativa, PIDE/DGS, Ação Nacional Popular, Legião Portuguesa e Mocidade Portuguesa), a libertação dos presos políticos e a extinção da censura, reconhecendo a liberdade de expressão e de pensamento. Devido à crescente tensão entre as fações mais moderadas e as mais radicais do MFA e no governo (como os acontecimentos de 28 de setembro de 1974, em que barricadas populares nos acessos a Lisboa impedem a manifestação da “Maioria Silenciosa” em apoio a Spínola e desencadeiam uma grave crise), Spínola renunciou ao cargo de Presidente da República, tendo sido substituído por Costa Gomes, e abandonou a Junta de Salvação Nacional. Após a tentativa de golpe de Estado do dia 11 de março de 1975, dirigida pelo General Spínola, a própria Junta foi dissolvida e os seus membros passaram a fazer parte do novo Conselho da Revolução. Durante o Estado Novo, a expressão “lápis azul” passou a significar “censura” porque os funcionários que tinham a função de ler e validar o que podia ser publicado usavam um lápis azul para riscar/marcar, o que deveria ser cortado nos textos ou imagens, ou seja, o que era proibido publicar. Lápis Azul 30
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