Estudo Autónomo... Acredita, és capaz! Percursos, Metas e Horizontes 77 questionário, na secção denominada “Exercício em sala de aula”. Aqui, houve uma divisão absoluta, pois metade dos alunos considerou a linguagem difícil ou pouco clara. Contudo, uma análise aos dois recursos, “Estudos de cor” e “Ênfase”, revela que há diferenças e que o segundo é mais dirigido que o primeiro, tendo sido aplicado no 1.º turno. Foi em relação a este que os alunos apontarammenos clareza. Neste ponto, acresce ainda que, no 2.º turno, os docentes estariam mais cientes das dificuldades dos alunos e dessa forma apresentaram o recurso de uma forma mais dirigida. Claro que, com uma amostra tão pequena, é difícil extrapolar os dados para a realidade de todos os alunos de Artes Visuais do país inteiro. Contudo, a questão do domínio da linguagem específica da disciplina é apontada num estudo dirigido aos docentes de desenho do ensino superior, onde é um dos aspetos considerados como sendo um dos pontos fracos dos alunos de Desenho à entrada do ensino superior (da Silva & Palaré, 2023). No que concerne à segunda questão, os resultados dos alunos, de um modo geral, foram bastante positivos. Contudo, houve alguma intervenção por parte dos docentes no sentido de orientar os alunos para o cumprimento do solicitado na realização do exercício e alguma explicação dos conceitos tratados, tanto relativamente à cor como em relação à ênfase. O que se observa ao comparar os dois recursos na plataforma #EEC@ é que o primeiro é apresentado de uma forma mais direta, não explica os conceitos, partindo-se do princípio de que o utilizador alvo compreende ou domina os diferentes conceitos nos domínios da luz e da cor explorados no recurso. Por seu lado, o segundo exercício é apresentado de uma forma mais longa, com exemplos diferenciados do uso do princípio estrutural ênfase em obras de diferentes artistas. Aqui, as referências visuais poderão ajudar o aluno a visualizar melhor o que poderá realizar, por ter uma explicação mais alongada. A problemática do domínio da linguagem não invalida a capacidade de os alunos realizarem os exercícios da plataforma #EEC@ de modo autónomo. O que se pode deduzir é o oposto. A utilização frequente dos RED e a consequente exposição à terminologia específica da disciplina pode ajudá-los a sistematizar essa informação e a relacioná-la com procedimentos e técnicas concretas. Salienta-se, contudo, que se observou em sala de aula alguma dificuldade na gestão do tempo para a execução dos exercícios, que não se relaciona diretamente com a interpretação da linguagem, mas com a perceção do objetivo de um exame ou de um exercício. Os alunos têm um desconhecimento errado, ou uma perceção errada, do que são os critérios de avaliação do exame ou do objetivo final do exercício, focando-se mais na estética ou no rigor do que no cumprimento estrito daquilo que lhes é solicitado
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