Estudo Autónomo... Acredita, és capaz! Percursos, Metas e Horizontes 191 concentração». / «O problema é que eles não leem isso. É preciso dizer: faz isto, lê isto» / «Eles movem-se muito pela nota.» / «Eles são muito visuais, por exemplo se lhes aparecesse o desempenho em gráficos…». / «Acho importante, mas sinceramente acho que muitos alunos ainda não estão muito capazes, ainda não adquiriram competências suficientes para fazerem isso de forma, como é que eu hei de dizer, de forma ágil (…) eles querem aprender, mas depois essa metalinguagem, eles não a dominam ainda… eles querem o imediato e isso obriga-os a gastar tempo.» ▪ os professores não têm tempo para trabalhar a autoavaliação através de ensino explícito: «Eu tenho pena de não ter tempo (…) É importante refletirem sobre o que é que têm mais dificuldade» / «Mas o tempo é sempre um problema… É uma coisa que tinha de ser trabalhada todos os anos.» / «Estas competências para eles refletirem sobre a própria aprendizagem, sobre os objetivos, o nível em que se posicionam, nós não temos às vezes tempo para as trabalhar.» Conclusões e considerações finais Relativamente aos objetivos definidos no início do estudo, retiramos as conclusões que a seguir se apresentam. ▪ As atividades propostas nos RED provam ser úteis em várias vertentes: - facilitação do trabalho didático do professor; - facilitação do trabalho autónomo na interpretação da obra (acesso a leitura com entoação, glossários interativos, músicas em sintonia, animações visuais, etc.); - utilização autónoma dos RED pelos alunos, para revisão e consolidação de aprendizagens; - integração e mobilização de saberes em interdisciplinaridade, com mediação do professor. ▪ Os RED agilizam os tempos e os modos de ensino/aprendizagem, quando utilizados em aula colaborativa e centrada nos alunos: na 2.ª aula observada, os alunos concretizaram de modo ativo e em autonomia mediada duas tarefas complexas, enquanto no modelo de aula mais expositiva apenas se concretizou uma tarefa complexa.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTg0MjEzNg==