Estudo Autónomo... Acredita, és capaz! Percursos, Metas e Horizontes 173 Os RED permitem «maiores níveis de interatividade através da integração de funcionalidades estimulantes do ponto de vista cognitivo e, assim, contribuem para o objetivo de uma aprendizagem significativa» (COSTA, VIANA e CRUZ, 2011, p. 1614) Para TSCHIRHART e RIGLER (2005, p. 51), recursos interativos em ambiente digital intencionalmente incorporados no ensino combinam «o melhor de dois mundos», porque mantêm «a orientação e mediação motivacional do professor com a flexibilidade da aprendizagem online». Isto significa que a aprendizagem autónoma com RED se sustenta na mediação do professor que os seleciona, que os aconselha ou que os integra num processo de aprendizagem desenhado com objetivos precisos. Na proposta de TSCHIRHART e RIGLER (2005) os recursos online promovem a autonomia dos alunos de três modos, os quais são evidentes nos RED em foco neste estudo: ▪ flexibilidade de uso em qualquer espaço, em qualquer momento, permitindo que o aluno faça uma gestão ou um plano personalizado de aprendizagem; ▪ possibilidade de o aluno desenvolver as suas próprias estratégias de acordo com o ritmo e necessidades pessoais e em função de diferentes estilos de aprendizagem (mais auditivo, mais visual, mais interativo), uma vez que são diversificados os meios utilizados e pode, por exemplo, repetir as vezes que quiser. ▪ integração de feedback (no caso, também feedforward, ou seja, pistas para melhorar) e tarefas de autoavaliação, em vez de apenas fornecerem a solução ou resposta correta a cada exercício, encorajando os alunos a refletir sobre o seu processo de aprendizagem, a monitorizarem o seu desempenho e ainda a integrarem aprendizagens de metacognição. D. Metodologias ativas, centradas no aluno e na tarefa Este estudo orienta-se a partir de hipóteses que enquadram o papel inovador e transformador dos RED à luz das teorias de aprendizagem cognitivo-construtivistas, promovendo uma construção ativa do conhecimento num contexto de práticas pedagógicas centradas no aluno e na tarefa. Pressupõe-se uma conceção de aprendizagem em que o aluno tem «um papel intelectualmente ativo (…) em interação com os outros, através da manipulação dos objetos e ferramentas adequados, e da reflexão sobre o que fez, integrando novas ideias em conhecimentos anteriores de forma a atribuir
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