Estudo Autónomo... Acredita és capaz! Percursos, Metas e Horizontes

Estudo Autónomo... Acredita, és capaz! Percursos, Metas e Horizontes 172 «A realização de aprendizagens significativas e o desenvolvimento de competências mais complexas pressupõem tempo para a consolidação e uma gestão integrada do conhecimento, valorizando os saberes disciplinares, mas também o trabalho interdisciplinar, a diversificação de procedimentos e instrumentos de avaliação, a promoção de capacidades de pesquisa, relação, análise, o domínio de técnicas de exposição e argumentação, a capacidade de trabalhar cooperativamente e com autonomia.» (Decreto-Lei n.º 55/2018, pp. 2928/9) Entre as ambições expressas nas políticas educativas e a realidade dos contextos haverá um longo caminho a percorrer, no qual a utilização dos RED pode ser pertinente e transformadora, tirando partido do potencial de autonomia e flexibilidade que a tecnologia permite. C. RED (Recursos Educativos digitais) Como referem COSTA, VIANA e CRUZ (2011, p. 1612), os recursos não valem só pela qualidade técnica que podem ter, são igualmente determinantes pela qualidade científica e pela qualidade didáticopedagógica: «(…) o seu valor educativo reside no modo como foram considerados e articulados os diferentes elementos curriculares, especialmente os objectivos de aprendizagem visados, as características do público a quem se destinam e as estratégias seleccionadas, bem como os contextos de aprendizagem específicos em que se espera venham a ser utilizados.» (COSTA, VIANA e CRUZ, 2011, p. 1612). Referem ainda os mesmos autores que nem sempre se consegue a informação necessária, como é o caso, por exemplo, das características específicas do público-alvo. Porém, a diversificação de estratégias de aprendizagem e a diversidade de meios (áudio, vídeo, estático, dinâmico, interativo) aumentam o potencial dos materiais, no sentido de fomentarem «a exploração individual e autónoma» (COSTA, VIANA e CRUZ, 2011) por parte de alunos, com diferentes estilos e ritmos de aprendizagem. Os RED podem apresentar propostas com uma estruturação linear da informação, ou sequências do geral para o específico e vice-versa ou, para competências mais complexas ou avançadas, uma estruturação em rede com um nível de exigência de autonomia mais elevado. Referem, também, os mesmos autores, a importância da forma como o conteúdo é dividido: questões de partida mobilizadoras, tarefas de aplicação e de exercitação, autoavaliação com feedback, etc.

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