Estudo Autónomo... Acredita és capaz! Percursos, Metas e Horizontes

Estudo Autónomo... Acredita, és capaz! Percursos, Metas e Horizontes 170 capaz de usar as tecnologias da informação e comunicação que estão ao seu dispor e trabalhar de forma colaborativa, desenvolvendo competências múltiplas e diferenciadas. De acordo com LITTLE (2007, p.1), três traços definem a autonomia na aprendizagem: aceitar a responsabilidade do seu processo de aprendizagem, tomando decisões de forma sistemática e intencional; mobilizar a dimensão afetiva do compromisso – a motivação aliada à responsabilidade - e desenvolver a capacidade de transferir as aprendizagens (conhecimentos e capacidades) para outros contextos. Segundo TSCHIRHART e RIGLER (2005, p.50), que realizaram um estudo sobre aprendizagem independente com e-packs, o debate sobre a autonomia parte, por vezes, de uma conceção idealista do conceito que simplifica demasiado a complexidade desta competência. Por isso, definem-na como «ability to take responsability for developing skills, knowledge and attitudes, in interaction with others, and apply them in a variety of learning (or teaching) situations (…)» (TSCHIRHART e RIGLER, 2005, p.50), reforçando o sentido de desenvolvimento progressivo inerente ao termo «developing». SCHARLE e SZABO (1998, pp.7 e 8) enfatizam que a autonomia implica o desenvolvimento de um conjunto de capacidades e atitudes: motivação de loccus interno e autoconfiança; monitorização e (auto)avaliação; domínio de estratégias de aprendizagem; cooperação e trabalho em equipa. Estas capacidades e atitudes fomentam a autonomia e a autonomia retroalimenta-as, num processo interativo. No entanto, fatores como os traços de personalidade, as preferências / interesses e as atitudes culturalmente induzidas impõem os seus limites ao desenvolvimento da autonomia. Para além disso, o desenvolvimento da autonomia nos alunos requer uma certa atitude ou postura por parte do professor: partilhar informação com o aluno; delegar tarefas e tomadas de decisão; definir de forma negociada critérios de avaliação e expetativas claras e transparentes. É importante que o professor se desvie do seu papel tradicional e, progressivamente, assuma um papel de facilitador ou conselheiro nummaior número de situações de sala de aula. É um desvio de postura importante que poderá produzir mudanças efetivas que concederão um grau considerável de liberdade e de responsabilidade aos alunos para realizarem as tarefas ou até para tomarem decisões sobre que tarefas realizar (SCHARLE e SZABO, 1998, pp.5 e 6).

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