Saúde Psicológica e Bem-estar | Observatório Escolar 253 Estudo aprofundado Modeloquadripartidodas relações entre asatisfação coma vidaeomal-estar psicológico:potencial impacto nas políticaspúblicas que a satisfação com a vida e os sintomas psicológicos não se opõem num contínuo, sendo duas dimensões associadas respetivamente à Saúde Psicológica (também denominado por bem-estar subjetivo) e à Perturbação Psicológica (também denominado por bem-estar psicológico), definindo entre si quatro estados psicológicos: Saúde Psicológica Completa (sintomas psicológicos reduzidos e elevada satisfação com a vida), Saúde Psicológica Incompleta (sintomas psicológicos reduzidos e baixa satisfação com a vida), Perturbação Psicológica Incompleta (sintomas psicológicos acentuados e elevada satisfação com a vida) e Perturbação Psicológica Completa (sintomas psicológicos acentuados e baixa satisfação com a vida) (Fig 1). A saúde psicológica completa implica assim as duas condições: elevada satisfação com a vida e sintomas psicológicos de mal-estar reduzidos, tal como sugerido no Modelo Dual (Greenspoon & Saklofske, 2001; Keyes, 2002; Westerhof & Keyes, 2010). Figura 1 ModeloQuadripartido –Modelo Dual (Greenspoon &Saklofske, 2001; Keyes, 2002) aqui adaptado: Saúde Psicológica Completa ● Elevada Satisfação com a Vida ● Sintomas de mal-estar Psicológico reduzidos Saúde Psicológica Incompleta ● Baixa Satisfação com a Vida ● Sintomas de mal-estar Psicológico reduzidos Perturbação Psicológica Incompleta ● Elevada Satisfação com a Vida ● Sintomas de mal-estar Psicológico acentuados Perturbação Psicológica Completa ● Baixa Satisfação com a Vida ● Sintomas de mal-estar Psicológico acentuados Para testar esta hipótese, consideraram-se os alunos a partir do 5.º ano de escolaridade, participantes no estudo da DGEEC “Saúde Psicológica e Bem-estar nas escolas Portuguesas” (Matos et al., 2022), divididos em quatro grupos: baixa ou elevada satisfação com a vida, e com ou sem sintomas de mal-estar psicológico (Figura 1). Foram verificadas as diferenças de género e de escolaridade (como proxy da idade), bem como as associações destes determinantes de saúde com outras áreas da sua saúde e da sua vida familiar, e ainda com a sua perceção do impacto da Covid-19.
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