Saúde Psicológica e Bem-estar | Observatório Escolar 213 Estudo aprofundado Adaptação psicológicaàpandemia deCovid-19emalunos dos 2.ºe 3.º ciclosdoensino básicoedoensino secundário: opapel dos fatores psicológicose contextuais na perceçãodealterações na vidadiária de avaliação [F (2; 3034) = 62,9, p < 0,001]. Nas comparações post-hoc, através do método de Tukey, foi possível verificar que os adolescentes com uma vida melhor relataram um maior sentimento de pertença à escola quando comparados com os adolescentes com uma vida igual, os quais relataram níveis médios mais elevados de pertença à escola por comparação aos adolescentes com uma vida pior. Os adolescentes com uma vida pior relataram níveis médios mais elevados de bullying e de dificuldades nas relações com os professores, por comparação com os adolescentes com uma vida melhor e igual e, ainda, mais ansiedade às avaliações por comparação aos restantes grupos (Tabela 8). Os grupos diferenciaram-se ainda de forma estatisticamente significativa no número de horas de prática de atividade física [F (2; 3025) = 44,1, p < 0,001], sono [F(2; 3008) = 95,8, p < 0,001] e de exposição aos ecrãs [F (2; 3017) = 32,8, p < 0,001], bem como na perceção do impacto da pandemia [F (2; 3045) = 154,7, p < 0,001]. Uma vez mais, nas comparações múltiplas entre grupos, os adolescentes com uma vida pior relataram um maior número de horas de exposição aos ecrãs por comparação aos adolescentes com uma vida melhor ou igual. Já as crianças e préadolescentes com uma vida melhor relataram uma menor perceção do impacto da pandemia de Covid-19, mais horas de prática de atividade física e mais horas de sono, quando comparados com os adolescentes com uma vida igual que, por sua vez, apresentaram níveis mais elevados nestas variáveis em comparação com os jovens com uma vida pior (Tabela 8). Ainda, as comparações entre os grupos nos sintomas psicopatológicos evidenciaram a existência de diferenças estatisticamente significativas em todas as dimensões: stresse [F(2; 3011) = 274,5, p < 0,001], depressão, [F(2; 3011) = 482, p < 0,001], ansiedade [F(2; 3011) = 255, p < 0,001], e na nota total, [F (2; 3011) = 409,8, p < 0,001]. As comparações post-hoc evidenciaram que os adolescentes do grupo com agravamento das condições de vida com a pandemia relataram níveis mais elevados de sintomatologia psicopatológica, quando comparado com o grupo que manteve as condições de vida o qual, por sua vez, apresentou níveis mais elevados de sintomatologia por comparação ao grupo com melhoria das condições de vida com a pandemia (Tabela 8).
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