E-book Saúde Psicológica e Bem-estar

Saúde Psicológica e Bem-estar | Observatório Escolar 187 Estudo aprofundado Perceçãodasatisfação, qualidadede vidapercebidae competências socioemocionais dos alunos nas escolas portuguesas Com base neste trabalho, considera-se importante tomar atitudes mais incisivas nas realidades que mais contactam com os adolescentes – i.e., escola, comunidade, seio familiar – se se procura um aumento das SSES. Em questões de género, parece producente estudar com maior dedicação os fatores diferenciadores das realidades dos rapazes e raparigas. Recomendações Com base nos resultados do presente estudo, sugere-se a integração da promoção do desenvolvimento das competências socioemocionais (SSES) no currículo escolar formal e informal, desde a idade pré-escolar e ao longo de todo o percurso escolar, tal como proposto no relatório técnico-científico do estudo (Matos et al., 2022), na medida em que estas competências estão fortemente associadas com a qualidade de vida percebida e satisfação com a vida, e como vimos, tendencialmente diminuem ao longo do processo de desenvolvimento da adolescência; um especial foco na promoção da saúde psicológica e do bem-estar do género feminino, que, tal como sugere a análise comparativa, apresenta maiores vulnerabilidades que incluem menos competências socioemocionais, menos qualidade de vida percebida e menos satisfação com a vida; na escola tanto os profissionais docentes como os não docentes lucrariam com um aumento da sua literacia em saúde psicológica e bem-estar, e auto-cuidado, embora não se substituindo aos profissionais de saúde mental; um trabalho participado, em rede e em parcerias, com colaborações inter-escolas, intervisão e troca de boas práticas atuando sobre todos os níveis de ensino préuniversitário (neste caso, claro porque faria todo o sentido uma extensão ao ensino superior) tanto no que diz respeito à educação formal, como não-formal, e incluindo todos os habitantes do ecossistema escolar: alunos, famílias e comunidade. A literatura científica específica na área da saúde juvenil (Matos, 2020; Matos, 2022) e estudos ligados à participação social juvenil, (ex. projeto Dream Teens – Branquinho & Matos, 2018; Matos, 2015; e estudo #GeraçõesComVoz – Matos & Branquinho, 2021) têm-se revelado salientes no debate do tema da saúde psicológica e do bem-estar.

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