Analisando os níveis de bem-estar e de satisfação com a vida dos alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, e identificando o risco de depressão entre os participantes, tomando em consideração características sociodemográficas (género, nível de ensino e zona de residência), os resultados mostraram que a maioria dos adolescentes que participaram no estudo apresentam nível baixo de bem-estar (51,1%), mas encontram-se medianamente satisfeitos com as suas vidas (58,5%), confirmando que se tratam de construtos distintos. Por outro lado, verifica-se que cerca de 20% dos participantes se encontra em risco de depressão e com baixa satisfação com a vida, sendo que mais de metade apresenta nível baixo de bem-estar. A percentagem de adolescentes em risco de depressão é um resultado que deve ser visto com alguma preocupação, sobretudo num período de “rescaldo” da pandemia de Covid-19. Nas três dimensões avaliadas – bem-estar, satisfação com a vida e risco de depressão – as raparigas apresentaram resultados menos positivos no domínio da saúde mental do que os rapazes. O mesmo acontece em relação à idade. Adolescentes do género feminino e de idades mais avançadas lucrariam ser alvo de intervenções focadas no risco mais elevado que apresentam de desenvolverem problemas de internalização e de reduzido bem-estar. Foram ainda encontradas diferenças relevantes entre as regiões analisadas (NUTS II) , apresentando os participantes residentes nas regiões do Algarve, seguida da região Centro, indicadores de saúde psicológica mais negativos. Saúde Psicológica e Bem-estar | Observatório Escolar 18 Sumário executivo A percentagem de adolescentes em risco de depressão é um resultado que deve ser visto com alguma preocupação (…).
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