Saúde Psicológica e Bem-estar | Observatório Escolar 152 Estudo aprofundado Estilode vidasaudável na saúdemental das crianças e adolescentes: o cumprimento das recomendações 24horasdo movimento nos sintomas dedepressão, ansiedade e stresse A combinação dos comportamentos de movimento resultante do cumprimento das recomendações de atividade física, sono e tempo de ecrã, é importante para a preservação da saúde mental. As combinações destes comportamentos num mesmo dia encontram-se associados a menos sintomas de depressão, ansiedade e stresse. Por isso, a promoção destes comportamentos e a sua inclusão no dia-a-dia das crianças e adolescentes em Portugal é muito importante para a sua saúde. A saúde mental e a saúde física devem ser consideradas e preservadas, ambas estão interligadas e influenciam o estado de saúde e bem-estar geral (Ohrnberger et al., 2017). O investimento na saúde mental tem impacto económico, reduzindo os gastos em cuidados de saúde e levando ao aumento da produtividade e redução do absentismo laboral (Chisholm et al., 2016). Nas crianças e adolescentes, uma melhor saúde mental encontra-se associado a maior sucesso escolar e vice-versa (Agnafors et al., 2021). O investimento na saúde mental tem também um grande impacto social, na melhoria da sensação geral de bem-estar, aumento da participação social e comunitária, bem como na melhoria da qualidade de vida (Chisholm et al., 2016). A saúde mental das crianças e adolescentes encontra-se também associada ao contacto que estabelecem com os seus pais e com os seus colegas, pois uma melhor saúde mental encontra-se associado a melhores relações com ambos (Adedeji et al., 2021). Os resultados do estudo reforçam a importância de se apostar em políticas públicas, uma vez que diversas crianças e adolescentes reportaram não cumprir os diversos comportamentos de movimento, e várias reportaram não cumprir nenhum, sendo estes relevantes na prevenção e preservação da saúde mental. Dirigir as iniciativas a esta população poderá ter um efeito mais preventivo, uma vez que as primeiras perturbações psicológicas surgem na adolescência e aportam maior suscetibilidade de permanecerem até à idade adulta (Clayborn et al., 2019).
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