Saúde Psicológica e Bem-estar | Observatório Escolar 151 Estudo aprofundado Estilode vidasaudável na saúdemental das crianças e adolescentes: o cumprimento das recomendações 24horasdo movimento nos sintomas dedepressão, ansiedade e stresse Os três comportamentos de movimento apresentam relação entre si uma vez que todos eles se reportam aos comportamentos a incluir em cada dia, que é finito (Sampasa-Kanyinga et al., 2020). Considerando a atividade escolar e, em muitos casos, outras atividades complementares das crianças e jovens, sobram poucas horas para fazer a gestão do dia, incluindo cada um dos três comportamentos de movimento. Uma criança ou adolescente que diariamente despenda mais do que duas horas a jogar videojogos ou noutra atividade com ecrãs no tempo de lazer, poderá levar à redução do tempo de sono ou da atividade física realizada nesse mesmo dia. Do mesmo modo, uma criança ou adolescente que não durma tempo suficiente tem maior fadiga e menor predisposição física e psicológica para realizar as tarefas do seu dia, pelo que ao sentir-se mais cansada poderá envolver-se em comportamentos menos ativos (Mead et al., 2019). Diversas crianças e adolescentes, especialmente raparigas, apresentaram simultaneamente sintomas de depressão, ansiedade e stresse, o que poderá indiciar uma relação estreita entre estes sintomas, que tendem a coexistir em simultâneo (Axelson & Birmaher, 2001). Apenas aproximadamente metade das crianças e adolescentes que participaram neste estudo não apresentaram qualquer um dos sintomas associados à depressão, ansiedade e stresse. Tal é um indicador da saúde mental das crianças e adolescentes, cuja pandemia agravou (Xiong et al., 2020). Neste estudo foi verificado que as raparigas são mais suscetíveis a ter sintomas de depressão, ansiedade e stresse do que os rapazes, o que se encontra de acordo com outros estudos realizados (Salk et al., 2017). A sua justificação pode adotar diferentes modelos que identificam diferentes fatores de risco associados ao género feminino que são superiores comparativamente com o género masculino (Hammarström et al., 2009).
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