Saúde Psicológica e Bem-estar | Observatório Escolar 149 Estudo aprofundado Estilode vidasaudável na saúdemental das crianças e adolescentes: o cumprimento das recomendações 24horasdo movimento nos sintomas dedepressão, ansiedade e stresse A partir dos resultados foram verificadas relações entre o cumprimento das recomendações 24 horas do movimento das crianças e adolescentes em Portugal e os sintomas de depressão, ansiedade e stresse. O cumprimento das recomendações de cada um dos comportamentos de movimento (atividade física, sono e tempo de ecrã), e, essencialmente, quando combinados, apresentou uma relação significativa com a redução dos sintomas de depressão, ansiedade e stresse. Estes resultados são semelhantes com estudos realizados em outros países (Liangruenrom et al., 2020; Sampasa-Kanyinga et al., 2020). Apesar dos benefícios associados a cada um dos comportamentos do movimento, as crianças e adolescentes reportaram, em média, um valor abaixo das recomendações para cada um dos comportamentos, o que é idêntico ao panorama internacional (Tapia-Serrano et al., 2022). De entre os três comportamentos, o sono foi simultaneamente o que foi mais cumprido pelas crianças e adolescentes, bem como o que apresentou maior relação com menores sintomas que indiciem a existência de uma perturbação psicológica. Existem causas fisiológicas para esta relação dado que o sono encontra-se associado aos neurotransmissores que regulam as emoções e o pensamento, que por sua vez se relacionam com a sensação de fadiga, mal-estar e relação com os outros, pelo que um número mais reduzido de horas de sono encontra-se relacionado com emoções e pensamentos mais negativos, podendo originar sintomas de perturbações psicológicas ou doença mental (Sampasa-Kanyinga et al., 2020). Um mínimo de 60 minutos diários de atividade física com intensidade moderada a vigorosa foi o comportamento menos reportado pelas crianças e adolescentes. A insuficiente atividade física praticada pelas crianças e adolescentes é um dado global preocupante (Guthold et al., 2020). A Discussão
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