Info DGEEC N.º 3

49 Info N.º 3 Julho 2023 A minha equipa de investigação tem estado envolvida num projeto que obriga à consulta de microdados de professores. A DGEEC tem sido desde a génese desta ideia muito aberta e transparente em relação aos dados que são possíveis de consultar e suas limitações. Ao longo dos últimos meses temos passado longas horas no safecenter da DGEEC. Dada a delicadeza dos dados e os compromissos de proteção da identidade, os dados dos cidadãos não podem sair em bruto, sendo que todo o tratamento tem de ser realizado no espaço que a DGEEC disponibiliza aos investigadores. De referir que as novas instalações são muito melhores e que alguns constrangimentos de acesso que tivemos ao início parecem estar agora ultrapassados. Ter de fazer análises num espaço e horário que não controlamos é uma limitação, mas é compensada por uma equipa extraordinariamente prestável, atenta e célere na resposta aos nossos pedidos. Sempre que pretendemos retirar dados já tratados e agregados conseguimos obter essa autorização em poucas horas, se necessitamos de mais dados a equipa da DGEEC tudo faz para que os tenhamos de forma rápida. Fazem-no sempre com eficiência e simpatia. Ter a possibilidade de consultar microdados é uma mais-valia para os projetos de investigação e um contributo para o avanço do conhecimento académico e para a possibilidade de políticas públicas mais informadas. Isabel Flores ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa: Instituto para as Políticas Públicas e Sociais Investigação no Projeto “Necessidades de Professores” Os dados recolhidos pela DGEEC nos vários inquéritos/instrumentos que gere (o IPCTN - Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional ou o CDH – Careers on Doctorate Holders, entre outros), são uma fonte preciosa de informação para compreendermos o sistema nacional de ciência e tecnologia realizando estudos retrospectivos que nos permitem conhecer o passado para melhor entender o presente e planear o futuro. Para a Divisão de Estudos e Planeamento (DEP) da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), tem sido essencial a cooperação com a Divisão de Estudos e de Gestão do Acesso a Dados para Investigação (DEGADI) da DGEEC, nomeadamente para caracterizar as trajetórias profissionais de ex-bolseiros de doutoramento financiados pela FCT após a obtenção do grau. O ambiente seguro para tratamento de dados, disponibilizado pela DGEEC, permitirá pela primeira vez analisar as carreiras profissionais de doutorados financiados pela FCT e avaliar o impacto desse avultado investimento em recursos humanos, que se refletiu numa melhoria expressiva dos indicadores de ciência e tecnologia no nosso país. Ana Ramos Fundação para a Ciência e Tecnologia – Divisão de Estudos e Planeamento Técnica Superior envolvida no Projeto “Trajetórias de Bolseiros de Doutoramento Financiados Pela Fundação para a Ciência e Tecnologia” Tanto no desenho como na aferição dos seus resultados as políticas publicas de educação necessitam de bases de dados ricas em informação que nos permitam aferir como diferentes alunos e escolas reagem às alterações do sistema de ensino. Nos últimos anos a DGEEC tem feito um extraordinário trabalho no acesso e tratamento dos dados, possibilitando mais informação sobre o sistema de ensino português. Como investigador, a DGEEC tem-se mostrado empenhada em fornecer aos investigadores o acesso necessário aos dados, permitindo explorar novas questões de investigação e possibilitando o estudo de questões relevantes tanto a nível nacional como para a literatura científica em Economia da Educação. Como alguém que segue de perto o debate sobre educação em Portugal, o trabalho da DGEEC em plataformas como o InfoEscolas tem ajudado a um debate sobre educação mais objectivo, com base em evidência e informação sistematizada. Pedro Luís Freitas NOVA SBE - Nova School of Business & Economics Investigação no Projeto: “Ensino Público e Ensino Privado em Portugal” Enquanto investigador do Centro de Políticas do Ensino Superior (CIPES) a trabalhar no safecenter da DGEEC, tive o privilégio de trabalhar com dados muito ricos sobre o desempenho dos estudantes e diplomados no ensino superior em Portugal, designadamente através do recurso ao RAIDES. Estes dados foram essenciais para desenvolver investigação de elevada qualidade, com co-autores internacionais, permitindo análises aprofundadas e descobertas significativas acerca do sistema de ensino superior português. Para além disso, eu fui um dos primeiros investigadores a trabalhar no safecenter e fico entusiasmado ao constatar que o safecenter está a evoluir e a tornar-se cada vez mais avançado, seguindo os passos dos reconhecidos centros de dados na Noruega. Esta evolução mostra que a proteção de dados é compatível com a investigação, permitindo que esta desempenhe um papel fundamental na criação de políticas públicas baseadas em evidências, promovendo o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da população. Pedro Luís Silva CIPES - Universidade de Aveiro e Universidade do Porto Investigação no Projeto “Estudo sobre o impacto social de eventuais alterações das condições de acesso ao ensino superior” TESTEMUNHOS (continuação)

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